Diante da dificílima situação enfrentada pela Imprensa Esportiva Cearense que está há mais de cem dias sem transmissões, jogos, nenhum apoio das autoridades e o pior, perdendo as publicidades das empresas que anunciam no segmento, a APCDEC (Associação dos Profissionais da Crônica Desportiva do Estado do Ceará) se pronuncia em defesa do urgente retorno às atividades do futebol cearense.
De acordo com o presidente da entidade, Alano Maia, a paciência dos mais de quinhentos profissionais de Imprensa que dependem do futebol para desenvolver suas atividades, chegou ao limite. “Essa pandemia, simplesmente, acabou com a nossa condição de sobrevivência. Somos pais de família, narradores, comentaristas, repórteres, técnicos de áudio, câmeras e auxiliares, radialistas e jornalistas, que dependemos também do retorno dos jogos e das transmissões. Perdemos praticamente todos os nossos patrocinadores e anunciantes, que deixaram de fazer publicidades, devido ao grave problema do coronavírus. Nenhuma autoridade manifestou preocupação com a nossa categoria, que vive também do futebol. Perdemos também companheiros de trabalho que contraíram o vírus e a grande maioria de nós, vive de arrendamentos (aluguel) de espaço de mídia.” desabafou Alano.
O presidente esclareceu, ainda, que o comércio já retornou parcialmente às atividades, a indústria, também, os transportes coletivos estão lotados, os shoppings funcionando. “E, por que não futebol?”, cobrou Alano Maia.
“A APCDEC compreendeu, divulgou e acatou, pacientemente, todos os decretos dos governos Municipal e Estadual, mas salientou que todas as instituições envolvidas no contexto do futebol estão prontas para o retorno parcial dos jogos, obedecendo aos protocolos e às exigências das medidas preventivas, para resguardar a saúde dos profissionais da imprensa.
A APCDEC, como entidade que congrega centenas de pais de família, que dependem do retorno dos jogos e das transmissões esportivas, há mais de 70 anos, solicita das nossas autoridades governamentais que liberem o retorno do futebol, já que outros segmentos já foram atendidos, mesmo que parcialmente.
Concluímos pois, que na condição de presidente da APCDEC, estamos sendo portadores de um reclame da Imprensa Esportiva Cearense, que sempre contribuiu para o engrandecimento do nosso futebol no cenário nacional, mas que no momento, sofre com essa paralisação causada pela pandemia.”
Fortaleza, 06 de julho de 2020.
A PRESIDÊNCIA