A tradicional festa de fim de ano na cidade do Rio de Janeiro, com mais de 3 milhões de pessoas reunidas na praia de Copacabana para presenciar o show de fogos de artifício, foi cancelada, devido à pandemia de coronavírus, informou a prefeitura do Rio. Ou pelo menos não deverá acontecer no formato conhecido, pelo risco de aglomeração.
"Esse modelo tradicional [de Réveillon] que conhecemos e que praticamos na cidade há anos, assim como o carnaval, não é viável neste cenário de pandemia, sem a existência de uma vacina", explicou a agência de turismo da cidade, a Riotur, acrescentando que também se estuda o cancelamento do Carnaval.
A Riotur que não será possível realizar o evento em seu formato comum e que se estuda opções virtuais, sem público reunido. O comunicado do órgão de turismo do Rio indica inclusive o risco de adiamento também do Carnaval.
"Com relação ao Réveillon, esse modelo tradicional que conhecemos e que praticamos na cidade há anos, assim como o Carnaval, não é viável neste cenário de pandemia, sem a existência de uma vacina. Mas, é preciso ressaltar que o Réveillon não é um evento rígido e ele pode acontecer de diversas formas, que não apenas reunindo 3 milhões de pessoas na Praia de Copacabana", informou a Riotur, em nota.
O prefeito da cidade, Marcelo Crivella, deverá ser informado sobre novos formatos possíveis para o evento, sem a presença direta de público, em um modelo virtual. A Riotur afirma que a prioridade será preservar "a segurança das pessoas e considerando também uma atmosfera de reflexão e esperança diante de tantas perdas sofridas".
Carnaval em discussão
Sobre o Carnaval, a Riotur ainda não foi taxativa quanto a um possível cancelamento ou adiamento - o que aconteceu nesta semana em São Paulo, com o adiamento da festa para maio. A Riotur informou que tem mantido reuniões com a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) sobre a realização do evento.
"Com relação ao Carnaval, o presidente em exercício da Riotur Fabrício Villa Flor de Carvalho tem participado constantemente de reuniões virtuais com o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, para tratar sobre as questões que envolvem os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Como resultado dessas tratativas, a Riotur atendeu ao pedido da Liesa e não abriu a venda de ingressos para o setor turístico do Sambódromo. Agora, a Riotur aguarda, conforme solicitado formalmente pelo presidente da entidade, a próxima assembleia da Liga Independente das Escolas de Samba, que definirá o rumo dos desfiles e comunicará à Prefeitura do Rio", diz o comunicado.
"Portanto, neste cenário inconclusivo, ainda não é possível falar em definição do Carnaval Rio 2021, já que o planejamento deste evento é naturalmente complexo e, no cenário atual, requer cuidados especiais. (...) Vale lembrar ainda que o Carnaval é um feriado nacional e envolve outras esferas, e não apenas a municipal, sendo, portanto, uma discussão muito mais ampla, que inclui principalmente resultados de estudos científicos", conclui a nota da Riotur.
o Povo