Com revezamento de alunos, Conselho de Educação de Fortaleza recomenda retorno gradativo do ensino presencial

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Retorno do ensino presencial em Fortaleza deve ser feito gradualmente e com revezamento de alunos, recomenda Conselho Municipal de Educação (Foto: FCO FONTENELE)
Retorno do ensino presencial em Fortaleza deve ser feito gradualmente e com revezamento de alunos, recomenda Conselho Municipal de Educação (Foto: FCO FONTENELE)

O Conselho Municipal de Educação de Fortaleza (CME) recomenda que o retorno presencial do ano letivo na Capital, previsto para setembro, deverá ser de forma gradual, contando com revezamento de alunos e turmas. A medida foi orientada em um parecer técnico destinado à Secretaria Municipal de Educação (SME) para ser repassado para às escolas de ensino infantil e fundamental de Fortaleza.

O documento foi publicado nesta quinta-feira, 6. O texto contém uma série de recomendações e busca orientar entidades  sobre a ações que assegurem a saúde e segurança diante da eventual volta às aulas de forma presencial. Com relação ao revezamento, é sugerido que este seja feito assumindo um grupo de estudantes por turma, dias e/ou semanas.


A ideia é retomar o ensino presencial com turmas e cargas horárias reduzidas e então ir expandindo o retorno gradativamente. Além disso, o documento orienta o uso de modelo híbrido de ensino, ou seja, com atividades presenciais e remotas. Na segunda-feira, 3, o governador do Estado, Camilo Santana (PT), já havia anunciado que o modelo de ensino ao qual os alunos seriam submetidos seria de escolha dos responsáveis.

O Conselho frisa no parecer a necessidade de cada instituição de ensino municipal definir uma Comissão de Monitoramento quanto ao cumprimento das normas e dos protocolos sanitários, pedagógicos e administrativos. “É preciso definir diretrizes e medidas sensatas que possam apoiar respostas educacionais eficazes para proteger os direitos de aprendizagem e mitiguem os impactos do isolamento social”, reforça a entidade no parecer.

O estudo técnico orienta ainda sobre outras questões escolares, desde a entrada na instituição, que deverá ser feita mediante o uso obrigatório e contínuo de máscara, aferição de temperatura e higienização de sapatos com tapetes sanitizantes, até o uso compartilhado de materiais didáticos, que deve ser evitado.

No ponto de vista estrutural, o Conselho orienta adaptações em todas as estruturas das escolas. São recomendados, dentre outras iniciativas: instalação de pias e lavatórios externos; interdição de bebedouros com disparo na boca; implementação de no mínimo 1,5 m de distância entre carteiras, utilização de portas e janelas abertas para melhorar a circulação de ar nas salas, bem como demarcação no chão de áreas de circulação e espera de igual distância.

Instalação de vidraças ou barreiras físicas de acrílico nas coordenações e secretarias escolares, assim como incentivo do uso constante de álcool em gel também fazem parte das recomendações. O Conselho prevê ainda que as escolas realizem um período de adaptação com os alunos de modo a orientar e conscientizar sobre a importância do cumprimento de todos os protocolos de segurança sanitária.

Procurada pelo O POVO, a Secretaria Municipal de Educação (SME) pontuou que o plano de retomada do ano letivo de modo presencial ainda está em fase de construção e aberto a recomendações das demais entidades envolvidas. Segundo a pasta, um grupo de trabalho com especialistas técnicos está atuando com “as mais variadas possibilidades” de adequação das escolas para enfrentamento do coronavírus diante do retorno do ensino presencial.

A SME destacou ainda que trabalha para criar um protocolo de segurança a ser seguido rigorosamente pelas escolas, estando de acordo com as as medidas de segurança sanitária orientadas pelo Governo do Estado, pela Prefeitura de Fortaleza e demais autoridades da saúde. A secretaria afirmou também que mantém um diálogo constante com a categoria profissional da educação sobre as decisões referentes a uma eventual retomada do ano letivo em formato presencial. 

   o Povo 

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