O deputado estadual Walter Cavalcante (MDB) afirma que a agremiação precisa “acordar” para conseguir eleger mais partidários à Câmara Municipal de Fortaleza – atualmente o partido é representado por um vereador, Casimiro Neto.
Walter relembra, com nostalgia, o período no qual os emedebistas eram a maioria da composição da Câmara Municipal. Ele aponta a não-participação em movimentos sociais como um dos motivos para a queda do partido em Fortaleza. “Faltou uma coisa importante dentro do MDB: chamar pra si os movimentos de mulher, da Igreja, os movimentos sindicais. Todos esses movimentos, como os do segmento da ‘divergência’ [em menção à diversidade de gênero]”, explicou o dirigente do diretório municipal.
Ademais, o parlamentar inspira-se positivamente em seu irmão, Frota Cavalcante, que também foi deputado estadual em 2006 e atualmente é edil de Fortaleza pelo PODEMOS. “Frota faz política com decência e paixão. Deu continuidade aos meus projetos na Câmara e não precisa mais do deputado Walter Cavalcante porque tem estrela própria”, elogiou.
Dificuldades
A pandemia provocada pelo novo coronavírus (COVID-19), aponta o deputado, trará uma dificuldade aos pleiteantes de vagas na Câmara Municipal: fazer campanha sem pegar na mão do eleitor. Ele afirma ter visitado entre 6.500/7.000 casas em suas campanhas políticas e, hoje, os cidadãos não terão vontade de receber o político em suas casas com temor da doença. Sem as coligações políticas para cargos proporcionais, os candidatos a vereador terão de “andar com os próprios pés”.
Jornalista Edison Silva
Vereador de Fortaleza por cinco mandatos, Walter Cavalcante sugere para quem pretende sair vencedor na disputa eleitoral: contratar uma boa equipe para dar suporte; chegar no eleitor para ouvir seus anseios e não ter medo de ouvir críticas. Além disso, ele apoia a ideia do candidato ter em mente suas bandeiras, como “educação, saúde, criança e adolescente”.
Como presidente do MDB/Fortaleza, o deputado diz ter se reunido com “vários pré-candidatos” a vereador da Capital, estimulando os concorrentes internos a estarem unidos. Walter não cita nomes destes por receio de “antecipar a campanha”.