No 1º dia de isolamento social rígido, o chamado lockdown, a barreira sanitária entre Fortaleza e Eusébio registrou movimentação intensa. O POVO esteve no local na manhã deste sábado, 13. Na via com engarrafamentos, pessoas se deslocavam, principalmente, no sentido Fortaleza/Interior.
Já no Centro do município da Região Metropolitana, movimento era tranquilo, mas com algumas movimentações de pessoas sem máscaras e sem respeitar o distanciamento recomendado de 1,5 metro a 2 metros. Tais medidas são necessárias para o enfrentamento à pandemia da Covid-19.
Agentes da Guarda Municipal, Autarquia Municipal de Trânsito e Vigilância Sanitária do Eusébio chegaram ao local por volta das 7 horas. Os profissionais devem continuar até às 18 horas. A barreira se estende até dia 21 de março, data estabelecida pelo atual Decreto (Nº 33.980, de 12 de março de 2021).
O agente Wilson, da Guarda Municipal de Eusébio (GME), identifica que a via tem fluxo intenso de trânsito, principalmente por dar acesso às praias do Litoral Leste do Estado. "Estamos cumprindo a determinação do governador, que ampliou o decreto para todos os municípios do Ceará. Até o momento, muitas pessoas já estão conscientes. Alguns, ainda não querem respeitar, mas a gente orienta", comenta.
W. Silva, agente da Autarquia Municipal de Trânsito do município, explica que, quem passar pela barreira deve mostrar comprovante de residência. Caso o transeunte esteja se deslocando para uma consulta, por exemplo, também deve apresentar comprovante. "Se não se identificar, não comprovar ou não ter documento que comprove que vá pra cidade que mora ou está se deslocando, nós indicamos o retorno", diz o profissional. Segundo ele, a população tem sido compreensiva após as orientações.
Aumento de casos
De acordo com Adriana Bezerra, coordenadora da Vigilância Sanitária de Eusébio, o município passa por aumento no número de casos da Covid-19. Na plataforma Integra SUS, o Eusébio está classificado com o nível de alerta 4, que determina "risco altíssimo" referente à incidência de casos da doença por dia.
"A gente tá percebendo um aumento desde o final de janeiro. Com o carnaval, em fevereiro, a gente viu os índices aumentarem. Agora em março estamos tendo picos. Estamos tentando controlar esse fluxo de pessoas no município. Apesar de ser um município de passagem, de rota, a gente está tentando fazer um controle, verificando a procedência, para onde vai e qual a intenção, para diminuir o fluxo", afirma a coordenadora.
Segundo Adriana, as abordagens são realizadas de "forma orientava". Ela percebe que muitos transeuntes estão realizando viagens sem motivo aparente: "Questões de passeio, sem ter uma razão explícita para estar na via. Não sabem indicar para onde vai… Essas pessoas que não têm como comprovar, a gente indica o retorno. Normalmente, não aceitam bem, mas a gente orienta a entrega do comprovante", assegura. Sobre festas clandestinas, a coordenadora diz que a vigilância tem identificado dos eventos, por meio das redes sociais.
Centro
Mesmo com movimentação tranquila no centro comercial do Eusébio, O POVO observou dois grupos de pessoas reunidos, com pessoas sem máscara. Outro grupo andava de bicicleta, também sem o equipamento de proteção.
Uma família passeava, com o cachorro, numa praça. Lojas de produtos de limpeza e de assistência técnica de televisores, microondas e refrigeração estavam abertas, muitas com as chamadas "meia porta" e entreabertas.
O POVO