Em publicação nas redes sociais neste sábado, 27, o governador do Ceará Camilo Santana (PT) desabafou sobre críticas diante as medidas de isolamento social e desgastes com negacionistas. "Esses serão julgados pela história por tanta maldade diante da dor de milhares de famílias. Minha consciência está em paz", citou.
O petista falou sobre possíveis desgastes na condução da pandemia no Estado, diante de medidas consideradas "impopulares" como o lockdown. Medida segue em todo o Estado até o Domingo de Páscoa, 4. "Quero dizer que não temos tomado nenhuma decisão por conveniência, mas unicamente para tentar salvar vidas, procurando sempre seguir a ciência e ser justo", falou.
Sobre o que chamou de "negacionistas e oportunistas, que se preocupam diretamente com as próximas eleições", Camilo lamentou novamente a divulgação de notícias falsas sobre a pandemia e alertou que "esses serão julgados pela história por tanta maldade diante da dor de milhares de famílias".
O governador finalizou a publicação comentando sobre a condução da pandemia no Ceará. "Sempre disse que se tiver que falhar, que seja pelo excesso e jamais pela omissão nessa luta para salvar vidas. Não esperem algo diferente de mim", disse.
Lockdown em todo o Estado segue até próximo dia 4;
O Ceará é o único Estado do País a adotar o lockdown em todos os municípios. Com o intuito de frear a contaminação do coronavírus, a medida de isolamento social rígido segue por todo o Estado até o próximo dia 4 de abril. No intervalo, apenas atividades essenciais funcionam.
- Setores da indústria e da construção civil;
- Serviços de órgãos de imprensa e meios de comunicação e telecomunicação em geral;
- Serviços de call center;
- Os estabelecimentos médicos, odontológicos para serviços de emergência, hospitalares, laboratórios de análises clínicas, farmacêuticos, clínicas de fisioterapia e de vacinação;
- Serviços de “drive thru” em lanchonetes e estabelecimentos congêneres;
- Lojas de conveniências de postos de combustíveis, vedado o atendimento a clientes para lanches ou refeição no local;
- Lojas de departamento que possuam, comprovadamente, setores destinados à venda de produtos alimentícios;
- Comércio de material de construção;
- Empresas de serviços de manutenção de elevadores;
- Correios;
- Distribuidoras e revendedoras de água e gás;
- Empresas da área de logística;
- Distribuidores de energia elétrica, serviços de telecomunicações;
- Segurança privada;
- Postos de combustíveis;
- Funerárias;
- Estabelecimentos bancários;
- Lotéricas;
- Padarias, vedado o consumo interno;
- Clínicas veterinárias;
- Lojas de produtos para animais;
- Lavanderias;
- Supermercados/congêneres
O que é proibido funcionar durante o lockdown no Ceará:
- Bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos congêneres, permitido exclusivamente o funcionamento por serviço de entrega, inclusive por aplicativo;
- Templos, igrejas e demais instituições religiosas;
- Museus, cinemas e outros equipamentos culturais, público e privado;
- Academias, clubes, centros de ginástica e estabelecimentos similares;
- Lojas ou estabelecimentos do comércio ou que prestem serviços de natureza privada;
- Shoppings, galeria/centro comercial e estabelecimentos congêneres, salvo quanto a supermercados, farmácias e locais que prestem serviços de saúde no interior dos referidos estabelecimentos
- Estabelecimentos de ensino para atividades presenciais, salvo em relação a atividades cujo ensino remoto seja inviável, quais sejam: treinamento para profissionais da saúde, aulas práticas e laboratoriais para concludentes do ensino superior, inclusive de internato, e atividades de berçário e da educação infantil para crianças de zero a 3 (três) anos;
- Feiras e exposições.
- O funcionamento de barracas de praia, lagoa, rio e piscina pública ou quaisquer outros locais de uso coletivo e que permitam a aglomeração de pessoas;
- A realização de festas ou eventos de qualquer natureza, em ambiente aberto ou fechado, público ou privado;
- A prática de atividades físicas individuais ou coletivas em espaços público ou privados abertos ao público, salvo quanto aos jogos profissionais de campeonatos de futebol de âmbito regional e nacional, desde que fechados ao público e atendidos os protocolos sanitários previamente estabelecidos.
o Povo