URGENTE: Comitê da COVID-19 dá 72h para que Maternidade de Quixadá coloque UTI’s para funcionar e evite transferência dos leitos

Blog do  Amaury Alencar
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O prefeito de Quixadá, Ricardo Silveira, a secretária de saúde do município, Benedita Oliveira, e médicos que formam o Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC), oficializaram o Hospital e Maternidade Jesus, Maria e José (HMJMJ) a proceder, em um prazo de 72 horas, a abertura da unidade que vai abrigar 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 24 de enfermaria para o tratamento de pacientes com Covid-19. O Monólitos Post confirmou com a Prefeitura de Quixadá que o ofício foi encaminhado para a Maternidade na tarde deste sábado (20).

No documento, encaminhado à presidência da Sociedade Quixadaense de Proteção e Assistência à Maternidade, à Infância e Adolescência, o gestor solicita providência para o funcionamento dos leitos, destacando que os leitos foram devidamente disponibilizados pelo Estado do Ceará, “seja de forma integral ou de forma progressiva”. Dentro do prazo estabelecido de 72 horas, caso as providências não se concretizem, Ricardo Silveira afirma que vai requerer a estrutura física e os equipamentos pela administração Municipal, para atender o interesse coletivo.

Entre as justificativas apresentadas no ofício pela cobrança de abertura dos leitos, a Prefeitura argumenta que o município encontra-se em nível de risco altíssimo para transmissão da Covid-19, evidenciando a tendência de um crescimento no número de novos casos. A gestão também explica que uma série de problemas impediu o uso adequado do Hospital Doutor Eudásio Barroso, sendo necessário o convênio firmado entre o HMJMJ e a Prefeitura de Quixadá.

A data estabelecida para a entrega e o funcionamento das UTIs seria neste dia 19 de março, o que não aconteceu. Ontem, o HMJMJ se posicionou através de nota, dando como razão para o não funcionamento dos leitos a ausência de medicamentos para intubação de pacientes nos leitos de UTI. Mas os médicos que também assinam a nota, complementam que embora o País inteiro esteja refém da ausência de medicamentos para este fim, leitos de UTIs continuam sendo abertos em todo o Ceará, com a utilização de recursos alternativos como utilização de capacetes elmo, máscaras reservatório, VNI intermitente, cateter nasal de alto fluxo, e o uso temporário de relaxantes musculares como substituto aos bloqueadores neurotransmissores, dada a ausência dos insumos.

O município ainda informou que teme que os leitos sejam instalados em outro município, como Quixeramobim, e que a ausência de vagas via Central em unidades do estado para o recebimento de pacientes com Covid-19, possa provocar um trágico cenário de pacientes morrendo por ausência de socorro médico. “Desta forma suplicamos a reavaliação dos argumentos utilizados pela direção da Maternidade, não impedindo a abertura dos leitos de enfermaria (…). Por isso, venho através, notificar vossa excelência para que após o recebimento do presente ofício, possa-se reavaliar a possibilidade de abertura dos leitos, sem prejuízo da análise médica dos diretores do HMJMJ”, diz o ofício.

A situação na região é extremamente grave, atualmente, pelo menos 28 pacientes acometidos pela COVID-19 aguardam por um leito de UTI no Sertão Central e a instalação na nova ala de leitos em Quixadá seria de extrema importância para salvar vidas.

Além do prefeito Ricardo Silveira e da secretária Benedita Oliveira, assinam a nota os médicos Thiago Carvalho, diretor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Quixadá, o médico Cristiano Benício, diretor do Hospital Eudásio Barroso, o médico Adriano Queiroz e o infectologista Francelino de Carvalho, ambos, membros do CEEC.


            Monólitos Post 

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