Após manifesto com presidenciáveis, Lupi diz que candidatura de Ciro é ‘decisão tomada’

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Carlos Lupi, presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) (Foto: Reprodução/Facebook)
Carlos Lupi, presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) (Foto: Reprodução/Facebook)

Após a divulgação de uma nota a favor da democracia, por seis possíveis presidenciáveis nas eleições de 2022, e de especulações sobre se o PDT abriria mão de candidatura própria para apoiar outro nome de Centro, o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, disse que a sigla não considera a possibilidade de abrir mão da candidatura de Ciro Gomes e que esta é uma “decisão tomada”. 

O manifesto pró-democracia foi lançado na última quarta-feira, 31, por nomes como Mandetta (DEM), João Dória e Eduardo Leite, ambos do PSDB, João Amoêdo (Novo) e o próprio Ciro.

“A candidatura do Ciro é decisão tomada, queremos conquistar aliados para nosso projeto nacional de desenvolvimento que é personalizado pelo Ciro”, disse Lupi à revista Carta Capital na última quinta-feira, 1° de abril. No mesmo dia, o jornal Valor Econômico noticiou que ele admitira a possibilidade de abrir mão da candidatura própria em nome de uma postulação única e apoiada por outros partidos. 


Segundo o Valor, Lupi afirmou que o PDT pretende lançar Ciro na próxima eleição presidencial, mas não descartaria apoiar outro candidato, de Centro, que possa evitar uma reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Se houver a ameaça de continuidade (de Bolsonaro), é uma hipótese que admito”, disse. 

O deputado federal cearense Eduardo Bismarck (PDT) comentou a questão e disse acreditar que há “possibilidade concreta de união em torno de um nome único”, desde que tenha viabilidade. “Conheço o Ciro e penso que seja o melhor, mas muitas vezes ele não é compreendido no restante do país, como nós vemos, então será uma decisão dele sobre eventual apoio a um nome viável”, disse.

Bismarck disse ainda que não acredita que o nome a rivalizar com Bolsonaro em 2022 deva ser o do ex-presidente Lula, pois isso “favoreceria Bolsonaro” em um contexto onde o presidente fortaleceria sua narrativa de combate à esquerda e acirraria a polarização no País.

O manifesto também sinaliza uma disputa política pela formação da frente ampla que deve rivalizar com o grupo de Bolsonaro. O documento gerou críticas ao ex-presidente do Partido Novo, João Amoêdo, por associar-se a figuras como Ciro e Dória, outrora criticados por ele por serem considerados praticantes da “velha política”.

O presidente do Novo no Ceará, Afonso Rocha, disse concordar com o conteúdo da nota, mas para ele, a assinatura conjunta “não representa qualquer possibilidade de coligação ou aliança com políticos ou partidos que representam o pior que a política tem a oferecer”, assegura.

    o Povo 

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