O processo de flexibilização das atividades econômicas no Ceará vai entrar em nova fase a partir da segunda-feira, 26. Em pronunciamento ao vivo por meio das redes sociais neste sábado, 24, o governador Camilo Santana (PT), informou as novas medidas que serão adotadas no Estado. Escolas, igrejas e templos terão avanços no processo de reabertura, e barracas de praia e academias de ginástica poderão abrir sob determinadas condições.
O momento, porém, ainda é de cautela. Por isso, as medidas de flexibilização seguem valendo apenas de segunda a sexta, e o lockdown continua aos sábados e domingos. "Ainda estamos em um patamar elevado, principalmente na demanda assistencial", pondera Camilo.
O chefe do executivo estadual se reuniu nesta sexta-feira, 23, com o comitê que delibera sobre as ações de combate a Covid-19 no Estado.
O atual decreto em vigência foi iniciado no dia 12 de abril e prorrogado no último sábado, 17. As medidas valem até amanhã. O decreto estadual com as novas normas válidas para todo o Ceará deve ser publicado ainda neste sábado, no Diário Oficial do Estado (DOE), e passa a valer a partir de segunda-feira, 26.
Tendência de queda
Os efeitos do isolamento social rígido implantado no Ceará no mês de março e mantido nos últimos finais de semana parece começar a dar resultados. O Estado teve redução do número de casos de Covid-19 em todas as suas regiões de saúde, enquanto a maioria delas apresentou um aumento nas mortes. É o que aponta boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) nesa sexta-feira, 23, referente à 15.ª semana epidemiológica de 2021 (11 a 17 de abril).
Entretanto, as reduções são heterogêneas e, nos últimos dias, alguns municípios decidiram retomar medidas mais rígidas.
Em 14 dias, a média móvel de óbitos caiu 53,5%, e a de casos confirmados, 76%. Ainda assim, especialistas apontam possível terceira onda. "No caso do Ceará, entramos na segunda sem sair da primeira. E já estamos com a rede hospitalar lotada, então não podemos entrar na terceira sem sair da segunda. Ou, pelo menos, sem descer o suficiente. Então, mesmo com as coisas abertas, as pessoas têm que ter a consciência de que elas devem sair quando for necessário, e somente se for necessário", aponta Thereza Magalhães, professora de Epidemiologia da Universidade Estadual do Ceará (Uece).
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