Na última terça-feira, 4, sessão da Câmara Municipal de Iguatu aprovou o projeto 026/2021, de autoria do vereador e vice-presidente da Casa, Rubenildo Cadeira (Republicanos), que concede o título de cidadão iguatuense ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Porém, após repercussão negativa, dois vereadores que aprovaram o decreto desistiram do voto e pedem revogação do título.
Inicialmente, cinco dos vereadores presentes negaram seu voto à proposta. São eles: Sávio Sobreira, João Torres, Eudisvan, Marciano Baião e Lindovan. Já outros nove parlamentares foram à favor da medida: Rubenildo Cadeira, Zilfran, Pedro Lavor, Diego Felipe, Louro da Barra, Pedro Uchoa, Bandeira Junior, Alyson Berreto e João Lazaro. Os vereadores Rafael Gadelha e Marconi filho estiveram ausentes.
A repercussão negativa fez com que os vereadores Bandeira Júnior e Alyson Berreto desistissem de apoiar a honraria. Na quarta-feira, ambos protocolaram um requerimento para que a mesa diretora da Câmara pudesse deliberar em plenário o pedido de revogação dos votos. A reportagem tentou contato com os parlamentares, mas não obteve retorno. Eles se manifestaram nas redes sociais.
Amigos (a)iguatuenses na última sessão da Câmara tramitou uma matéria de título de cidadão ao Jair Bolsonaro,projeto de...
Segundo Rubenildo, autor da homenagem, a decisão em apresentar o projeto foi motivada pela crença no governo do presidente, no sentido do "combate à corrupção, desemprego, miséria, sendo ainda sempre um defensor da família". "Mesmo que alguns pontos eu tenha minhas divergências em suas ações ou falas, porém, a minha opção foi de ver a sua atuação em todos os sentidos das suas propostas de campanha", afirma.
Publicado por Rubenildo Cadeira em Terça-feira, 4 de maio de 2021
Em relação à apresentação Decreto Legislativo 032/2021, que trata da revogação da honraria, o vereador destaca que, caso aprovado, a decisão estará "abrindo um precedente perigoso", já que em nenhum momento da história da cidade, segundo ele, houve algo semelhante, de que, tendo a Câmara aprovado uma honraria a um determinado cidadão ou cidadã, em seguida por arrependimento, alguém tenha revogado. "Repito: é um precedente perigoso", destaca.
O parlamentar defende que "mesmo quando questionado sobre determinados nomes", respeitou honraria a outras figuras, exemplificando o caso quando teve voto favorável ao governador Camilo Santana (PT). "Já pensou, sempre que algum grupo de vereadores não concordar com uma honraria dada a alguém, simplesmente resolver revogar?", questionou.