Pais caminhando com filhos, amigos praticando esportes e vendedores atendendo clientes. Eis o cenário do calçadão do Parque do Cocó, em Fortaleza, na manhã deste domingo, 23. Na parte de dentro, no entanto, a prometida abertura gradual do espaço ainda não aconteceu.
Ocupado por diversos públicos, o local permanece com movimentação bem inferior no comparativo com o período antes da pandemia. Foi a Covid-19, aliás, que obrigou o Governo do Estado a suspender as atividades ocorridas na área de conservação.
No período antes do vírus, Maria Alice relembra que o fluxo de pessoas no parque nem se compara ao de agora. Dona de uma barraquinha de lanches instalada no parque há 17 anos, ela diz que nos fins de semana o movimento melhora.
“Na semana é bem mais fraco, mas no final de semana está melhorando”, conta.
Mais à frente, aproveitando a sombra feita pela barraquinha, Ítalo Silva amenizava o calor de 30° C da Capital. Ele diz que começou a frequentar o parque há pouco mais de três meses para sair um pouco mais de casa e praticar esportes.
De cima de sua bicicleta, no entanto, ele comenta ter notado maior movimentação no local, o que deve estar atrelado à flexibilização das restrições no Estado. Por outro lado, alerta sobre a necessidade das pessoas continuarem com os cuidados em relação às medidas protetivas.
“Sinceramente, acho que ainda falta um pouquinho mais de conscientização”, mencionou, em referência a alguns transeuntes que caminham por lá sem o devido uso da máscara.
Para além das práticas econômicas e esportivas, o espaço serve ainda para manter o contato e a interação entre as próprias famílias, com a de Nathália Fernandes. Servidora pública, ela estava acompanhada do marido e filho, com quem brincava ali mesmo, no calçadão.
Moradores do bairro que leva o nome do Parque, eles frequentavam o local com grande assiduidade, sobretudo em busca das atividades voltadas para crianças. “Mas infelizmente a pandemia tirou isso da gente. Estamos voltando aos poucos, mas quando abrirem a parte do gramado vai proporcionar um lazer maior para nós fortalezenses”, projeta.
O POVO entrou em contato com o gerente do Parque do Cocó, Paulo Lyra, mas até o momento não obteve resposta sobre o porquê do local continuar fechado.
O Povo