Artistas criam Memorial Kathlen Romeu para homenagear grávida morta em comunidade do Lins

Blog do  Amaury Alencar
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Vários grafites serão feitos no Complexo do Lins em homenagem a Kathlen — Foto: Ben-Hur / TV Globo

Vários grafites serão feitos no Complexo do Lins em homenagem a Kathlen — Foto: Ben-Hur / TV Globo

Artistas e amigos de Kathlen Romeu, de 24 anos, morta em um tiroteio no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio na terça-feira (8), vão construir um memorial na comunidade em homenagem a jovem vítima da violência na cidade.

Kathlen estava grávida de quatro meses quando foi atingida por um tiro de fuzil no tórax. A jovem, que trabalhava como designer de interiores e vendedora, estava com a avó materna, Sayonara Fátima, no momento do tiroteio. As duas iam visitar uma tia de Kathlen.

Além do memorial, localizado ao lado da Escola de Samba Unidos do Cabuçu, vários grafites serão feitos no Complexo do Lins nesse domingo (13).

Memorial da Kathlen, no Lins, presta homenagem a jovem morta durante ação da PM — Foto: Ben-Hur / TV Globo

Memorial da Kathlen, no Lins, presta homenagem a jovem morta durante ação da PM — Foto: Ben-Hur / TV Globo

O que se sabe sobre a morte de Kathlen

A designer de interiores Kathlen Romeu havia se mudado da região do Lins no fim de abril, por medo da violência no local. Segundo o pai dela, os tiroteios são frequentes.

"Noventa e nove por cento da comunidade são pessoas de bem. A mesma operação que tem constantemente na nossa área na Zona Sul não tem. Eu tirei ela de lá por causa da violência. Minha filha era a coisa mais especial da minha vida. Uma pessoa do bem, inteligente", disse Luciano Gonçalves.

De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal, ela levou um tiro de fuzil no tórax. A PM negou que estivesse numa operação e alegou que agentes foram atacados. Mas a família de Kathlen contestou essa versão, dizendo que não houve troca de tiros e que os disparos partiram da polícia. "Se a minha filha fosse morta por bandido, eu não falaria nada com vocês. Foi a polícia que matou a minha filha", afirmou a mãe da jovem.

O porta-voz da PM, major Ivan Blaz, disse que a facção responsável pelo tiroteio no Lins é a mesma que atua na Providência, no Jacarezinho e no Prazeres “e que tem, por natureza, por ideologia, o ataque gratuito às forças policiais, o uso dos moradores como escudo humano”.

caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil e pela Polícia Militar. Foram apreendidos 12 fuzis e nove pistolas da PM usadas no confronto.

Cinco dos 12 policiais militares que participaram da ação já foram ouvidos no inquérito.


                         G1 

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