O Congresso Nacional aprovou o Fundo Eleitoral de R$ 6 bilhões para bancar a eleição geral no país. O brasileiro vai eleger o presidente do Brasil, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Escândalos como o mensalão e a Lava Jato levaram o congresso a optar pelo fim do financiamento de campanha pela iniciativa privada, jogando a conta para o contribuinte.
Mas quanto custa uma campanha dessa dimensão? Os deputados federais e senadores sabem e fazem as cotas. Pelo valor encontrado de R$ 6 bilhões, o custo para obter o voto está a cada eleição inflacionando. Quem fica com todo esse dinheiro? A resposta é simples para quem elaborou e montou o quebra/cabeças: gráficas, postos de combustíveis, agências de propaganda, produtoras de vídeo e empresas que atuam no mercado de interatividade na internet juntamente com marqueteiros. A compra do voto que é comum não aparece na base de cálculo, mas, com certeza, está inserido no valor global do Fundo Eleitoral.
O valor parece ser exorbitante, mas para um país que tem pouco tempo de sistema democrático ainda é pouco. O problema do Brasil não é o fundo, mas quem vai cuidar dele, quem em cada estado vai aplicar o dinheiro e quem nos partidos vai liberar os recursos, fiscalizar. Nos TREs e no TSE existem processos sobre roubalheira nos recursos do Fundo Eleitoral. O Fundo Partidário também bancado pelo contribuinte é outro caso comum de polícia.
O presidente Bolsonaro combinou com líderes do Centrão vetar os escandalosos R$ 6 bilhões para para o Fundo Eleitoral, mas topou sancionar o Fundo no valor de R$ 4 bilhões. Quem é comerciante sabe como se dão esses entendimentos. O comerciante inflaciona o preço , depois vai baixando até fechar o negócio. O eleitor não é bobo, sabe como acontece o acordo envolvendo interessados na grana.
O certo seria o presidente Bolsonaro vetar todo o valor de R$ 6 bilhões. O recurso é desnecessário. Se Bolsonaro afirma que foi efeito com um celular e poucos recursos, a tese deveria valer para todos. Esperto, Ele não conta na sua rede social como faz o acerto com deputados apoiadores do governo, imaginem com os que ele desdenha. O acordo colocando o Fundo Eleitoral de R$ 4 bilhões é pior que o deliberado em plenário onde no voto se aprovou os R$ 6 bilhões. O congresso foi transparente. Para o brasileiro fica a impressão de uma jogada.
Na próxima semana saberemos o desfecho do acórdão do Fundo Eleitoral. Pode ter sido o primeiro lance do novo ministro da Casa Civil, o homem mais poderoso d república.