Governador Camilo Santana (PT) se manifesta em defesa da democracia. (foto: Thais Mesquita)
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), se manifestou neste sábado, 14, defendendo "a luta em defesa da democracia e da vida" como "melhor resposta para golpistas e negacionistas". "Ameaças e Fake News jamais irão suplantar as ações em favor da verdade e do respeito às instituições. São palavras ao vento. Fascistas não nos intimidam e não passarão jamais", escreveu.
O pronunciamento vem após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) manifestar neste sábado, 24, a intenção de pedir no Senado Federal a abertura de um processo para investigar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
Em postagens no Twitter, Bolsonaro argumenta que a instauração do processo estaria fundamentada no artigo 52 da Constituição Federal, que estabelece como competência privativa do Senado processar e julgar os ministros do STF por crimes de responsabilidade. O presidente é investigado em quatro inquéritos no STF e um no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em resposta a Bolsonaro, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) lembra que o inciso que antecede o citado pelo presidente garante a defesa da democracia, estabelecendo o cumprimento do "sufrágio universal, direto, secreto e maioria de votos" para eleição presidencial. "Presidente vai mesmo pedir ao Senado o impeachment de ministros do STF? Quem pede pra bater no 'Chico', que mora no Inciso II, artigo 52, da CF, se esquece de que o 'Francisco' habita o Inciso I, do mesmo endereço", escreveu a senadora no Twitter.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, pediu que Bolsonaro deixe de lado os "arroubos autoritários que serão repelidos pela democracia" e "vá trabalhar". "Estamos com 14 milhões de desempregados, 19 milhões de famintos, preço absurdo da gasolina, da comida. E o povo continua morrendo de covid-19! Vá Trabalhar", afirmou, na rede social.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse que o pedido do presidente não passa de outra "cortina de fumaça" para desviar o foco de suas ações. "Ministros do STF podem e devem ser investigados por fatos concretos, mas o tal pedido de impeachment que Bolsonaro pretende apresentar contra Barroso e Moraes é só mais uma cortina de fumaça para tentar esconder o mar de crimes comuns e de responsabilidade que o próprio PR (Presidente da República) cometeu", escreveu, também na rede.
com informações da Agência Senado