Criação de Zebu na Região do Cariri completa 50 anos com parceria com a ABCZ

Blog do  Amaury Alencar
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Há 50 anos um grupo de criadores da Região do Cariri resolver se unir e ir à Uberaba, em Minas Gerais, e assim deu-se início a uma parceria que já chega a cinco décadas com o registro genealógico do Zebu junto a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ).

Essa história tem início quando o professor Pedro Felício Cavalcanti começou sua criação de Zebu no ano de 1944 depois de sua ida para Uberaba-MG, junto com cinco amigos naquela epopeia viagem em um Jeep, depois num vapor, seguindo de trem até chegar em Uberaba-MG e comprar os primeiros reprodutores da espécie Zebu e levar para o Crato-Ce.

Essa viagem marcou o início da criação de Zebu, o início de uma parceria longeva com a ABCZ e a criação da mais importante exposição de animais do Nordeste, como conhecemos hoje a Expocrato ou a Exposição Centro-Nordestina de Animais e Produtos Derivados do Crato.


Em 1950 seu Pedro Felício, juntamente com vários amigos, inclusive Dr. Geraldo Lobo, avô de Dra. Candice Rangel criaram a Sociedade Rural do Crato depois transformada em Associação dos Criadores do Crato e hoje Associação dos Criadores do Cariri Cearense.

Dr. Gledson Rangel, residindo hoje em Fortaleza-Ce, começou em 1960 sua criação de Nelore na cidade de Brejo Santo-Ce. E durante todo esse período ele, juntamente com o senador Wilson Gonçalves que também criava Nelore, Chalores e Santa Gertrude na sua Fazenda Caldeirão, no município de Barro- Ce.


Esses três (Pedro Felício, Wilson Gonçalves e Gledson Rangel) por muitos anos foram o sustentáculo da Exposição do Crato, onde em 1971 eles três coincidentemente, quase que no mesmo dia foram para Uberaba-MG e se inscreveram na ABCZ, Associação Brasileira de Criadores de Zebu quando começaram a fazer o registro genealógico das raças zebuínas.

Infelizmente o senador Wilson Gonçalves faleceu e não teve continuidade em seu renomado rebanho. Seu Pedro Felício Cavalcanti faleceu em 1991 e o rebanho de Gir e Nelore foi continuado por D. Marylee e Kleber Calou e com o falecimento dos dois em 2018 e 2019, o advogado Kleber Calou Filho assumiu a responsabilidade e continua o legado da criação do Zebu que começou o início da interiorização da espécie no Nordeste.


Dr. Gledson Rangel, reside em Fortaleza e sua filha Candice Rangel, a mais nova dos seus 5 filhos, está agora a gerenciar e administrar as fazendas Ribeirão, em Brejo Santo-Ce. com a criação de Nelore, uma das seleções de Nelore mais premiadas e conhecidas do Nordeste através marca “Cobra”.

E nesse momento é preciso comemorar pois esse mês de agosto marca os 50 anos de associação daquele grupo na ABCZ e do registro genealógico de Zebu no interior do Nordeste brasileiro, graças à ação de um grupo de criadores do Crato e do Cariri que se tornou referência para o Nordeste.


Um fato que mostra a pujança, a determinação, e, sobretudo, a vontade de melhorar a genética do Zebu no interior do Nordeste.

A Agropecuária Pedro Felício junto com a fazenda Ribeirão juntam-se à fazenda Massapê, do médico Fábio Pinheiro de Porteiras, Fazenda Germana de Dr. Valencio Carvalho, em Brejo Santo-Ce, Dr. Pedro Pinheiro na Fazenda Baixio do Muquem, em Crato-Ce, Dr. Cláudio Henrique em Assaré, Dr. Diego Moraes da Fazenda Quebra em Crato, Dr. Ticiano Sampaio na fazenda Leão D’ouro em Barbalha, Antonio Almeida e Antonio Correia, criando em Altaneira-Ce e Dr. Antonio Diniz e André Pinheiro criando em Várzea Alegre-Ce, estes últimos criando Gir e Girolando faz com que atualmente o Cariri seja o celeiro do Zebu do Ceará, elevando o nome do Ceará no agronegócio da pecuária brasileira.




Essa é a história que faz com que cada vez mais a pecuária caririense se fortaleça através das mais altas tecnologias de genética, através da inseminação artificial e transferência de embriões e do que há de mais avançado em genética no Zebu brasileiro. É a força do AGRONEGÓCIO DO CARIRI ressurgindo através da pecuária seletiva.


                   Roberto Moreira 

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