POLÍCIAS CIVIS DO CEARÁ E RIO DE JANEIRO cumpriram na manhã desta quinta-feira, 16, mandados de prisão preventiva e busca e apreensão na cidade de Juazeiro do Norte. Os mandados fazem parte da OPERAÇÃO ÁBACO, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e visa desarticular uma das maiores organizações criminosas daquele estado voltada à prática de extorsão, lavagem de dinheiro e crimes contra economia popular. As investigações foram realizadas pela 76º DP (Niterói/RJ) e as ordens judicias foram cumpridas simultaneamente em cinco estados, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Ceará, Minas Gerais e Espírito Santo.
Em Juazeiro do Norte, um homem de 39 anos, acusado de ser membro da organização criminosa e participar diretamente do esquema criminoso foi preso no bairro Timbaúbas por policiais civis da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte e da 76ª DP Niterói/RJ. Além da prisão, documentos e equipamentos eletrônicos foram apreendidos para serem periciados.
A Polícia Civil ressalta que a população pode contribuir com as investigações repassando informações que possam auxiliar os trabalhos policiais. As denúncias podem ser feitas pelo número (88) 3572-1736, que é o WhatsApp da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem. O sigilo e o anonimato são garantidos
Ameaças ‘terceirizadas’
Com informações detalhadas obtidas em sites de consulta, o grupo criminoso, por telefone, ameaçava as vítimas sempre com muita agressividade. Parentes e vizinhos também recebiam ligações com chantagens.
“Grandes escritórios de agiotagem do Rio terceirizaram o serviço, passando a parte da cobrança, da extorsão, para um grupo especializado”, afirmou o delegado Luiz Henrique Marques.
“Esse grupo atuava em todo o RJ e tornava a vida das pessoas que pegaram dinheiro emprestado um verdadeiro terror”, emendou.
O chefe do esquema, de acordo com a polícia, é Guilherme Andrade Aguiar, o Macarrão. Ele já estava preso, mas, mesmo dentro da cadeia, continuava dando ordens aos comparsas.
Recibos de quitação apreendidos em endereço de alvo da Operação Ábaco em São Gonçalo — Foto: Reprodução
Táticas para despistar a polícia
Para dificultar a investigação, os criminosos substituíam celulares com frequência, a fim de evitar interceptações telefônicas. Eles também mudavam de escritório constantemente, utilizavam olheiros para observar as movimentações policiais e usavam nomes de pessoas jurídicas.
Ao longo das investigações, outros nove integrantes do esquema foram presos pelos policiais da delegacia de Niterói em diferentes cidades do Rio. Três deles possuíam mais de 15 mandados de prisão, cada um.
Os suspeitos vão responder por extorsão, organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.
A ação mobilizou um efetivo operacional de mais de 200 agentes da Polícia Civil do Rio e com a participação das polícias civis dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Ceará, que dão apoio às equipes da Polícia Civil do Rio que viajaram para aqueles estados.
Polícia cumpre mandado da Operação Ábaco em Camboinhas, Niterói — Foto: Reprodução/TV Globo
FONTE G1 CE