O aumento da tensão entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Supremo Tribunal Federal (STF) - que teve como ápice os ataques do mandatário contra a Corte no 7 de setembro - reavivou, no Congresso Nacional, a discussão sobre a análise dos pedidos de impeachment do presidente. São mais de 120 protocolados na Câmara dos Deputados, mas sem previsão de análise pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Com a demora, parlamentares recorreram ao STF para pedir que a Corte estabeleça um prazo para que o presidente da Câmara analise os pedidos de impeachment. Juristas entrevistados pelo Diário do Nordeste avaliam, no entanto, que o Supremo deve priorizar manter a independência entre os poderes e não interferir no assunto.
O julgamento sobre a fixação de prazo foi suspenso nesta sexta-feira (10), após pedido de destaque do ministro Ricardo Lewandowski. Com isso, a discussão será retomada em outra sessão plenária da Corte - ainda a ser agendada pelo presidente do STF, ministro Luiz Fux.
Antes, o caso estava em julgamento no plenário virtual, no qual os ministros depositam os votos a distância, sem discussões nem transmissão do julgamento.