Redemoinho de areia se forma em fazenda em Icó, e assusta moradores: 'Ficamos com medo', diz fazendeiro

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Fazendeiro em Icó, no Ceará, relata o registro de redemoinho de poeira

Fazendeiro em Icó, no Ceará, relata o registro de redemoinho de poeira

Um redemoinho de poeira surpreendeu um fazendeiro na tarde desta sexta-feira (8) em sua propriedade rural, em Icó, na Região Centro-Sul do Ceará. Segundo Rony Cesar Bezerra de Figueiredo, o funil de poeira em um descampado foi observado por volta das 14h30.

"Eu fiquei sem entender porque o redemoinho veio. Veio e de repente ficou parado e ficou fazendo parafuso fixo pelo menos por um minuto ou mais", disse.

Ainda segundo Rony César, outras pessoas que trabalham na fazenda ficaram com medo. "Já aconteceu outras vezes. O povo aqui ficou meio assustado, com medo. Vou ficar de olho hoje [sábado] no mesmo horário para ver se acontece de novo", afirmou.

Redemoinho de poeira dentro de fazenda em Icó, na Região Centro-Sul. — Foto:  Rony César Bezerra de Figueiredo/Arquivo Pessoal

Redemoinho de poeira dentro de fazenda em Icó, na Região Centro-Sul. — Foto: Rony César Bezerra de Figueiredo/Arquivo Pessoal

Fenômeno

Na última quinta-feira (7), um fenômeno parecido foi registrado em um trecho da CE-292, no município de Crato, na Região do Cariri. Foi observado pelo representante comercial Edrei Samuel.

Sobre redemoinho de poeira, também chamado de "dust devil" (demônio de poeira, em inglês), a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) explica que ele costuma ser breve, forma-se quando ar quente, bem localizado, sobe de forma rápida na atmosfera, ganhando rotação e absorvendo, pela diminuição da pressão no seu interior, o que está ao redor, principalmente a poeira próxima da base dele. Essa poeira sugada é levantada, em rotação, acompanhando o fenômeno, e tornando-o visível.

O redemoinho de poeira não tem relação com a formação das tempestades de poeira que têm sido registradas em locais como São Paulo nas últimas semanas. As condições são totalmente diferentes.

“A nuvem de poeira observada no interior de São Paulo foi gerada pelo vento intenso de uma frente de rajada, resultado do desenvolvimento, em forma de linha, de grandes de nuvens de chuva na área. Antes da chuva, o vento que ultrapassou 80 km/h em alguns pontos, levantou o solo ressecado pela estiagem na região, que enfrentou um dos invernos mais secos e quentes dos últimos anos. Além disso, incêndios de grandes proporções em vegetações e plantações contribuíram para a disponibilidade de material seco levantado pelos ventos”, explica Meiry Sakamoto, gerente de Meteorologia da Funceme.


                             G1 CE 

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