Uma “casa dos horrores”. A definição é do promotor de Justiça Alexandre Alcântara sobre o abrigo privado Espaço de Bem-Estar Socorro Oliveira, situado no bairro Monte Castelo, em Fortaleza. “Até assassinatos”, afirma o promotor, teriam ocorrido no interior da instituição. Pelo menos dois homicídios por omissão. Por ordem judicial, a residência de acolhimento será fechada por tempo indeterminado e a proprietária, de iniciais B. O. S., está presa preventivamente por suspeita de uma série de crimes contra os seres humanos internados lá.
Além de supostos homicídios que teriam sido praticados contra dois idosos, a responsável pelo abrigo terá de responder por espancamentos, tortura, apropriação indébita de cartões de crédito, violência medicamentosa, violência psicológica, injúria preconceituosa e maus-tratos de toda ordem contra pessoas idosas e deficientes físicos assistidos, na velhice, pelo Espaço Bem-Estar.
Alexandre Alcântara, titular da 1ª Vara Promotoria de Justiça e Defesa do Idoso e da Pessoa com Deficiência, e as delegada Rena Gomes e Jeovânia Cavalcante Holanda — da Delegacia de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência —, convenceram à juíza Maria Ilna Lima que B.O.S. não poderia ficar solta. Sob risco de ameaçar testemunhas e internos do abrigo. Na sentença, a magistrada mandou prender a proprietária do abrigo e autorizou a busca e apreensão de elementos para perícia e comprovação dos crimes apontados pelo Ministério Público e Polícia Civil.
O POVO tenta contato com algum representante do abrigo, pelo telefone que se encontra na fachada do estabelecimento. As ligações recebem a mensagem que que o número não está recebendo ligações. O telefone não tem função WhatsApp.
O pOVO