A deputada estadual Andréia de Jesus (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), disse que foi ameaçada. A declaração foi feita na noite desta quarta-feira (3). A parlamentar vem defendendo a abertura de uma investigação da ação policial que terminou com 26 mortos em Varginha, no Sul de Minas Gerais.
“Vamo lhe matar. Seu fim será como o de Marielle Franco”, em referência à vereadora do Rio de Janeiro, também do Psol, assassinada em 2018.
A Polícia Legislativa da ALMG acionou a Polícia Civil. A deputada fez um boletim de ocorrência. Nesta quinta-feira (4), ela irá até a delegacia de crimes virtuais para encaminhar as mensagens.
No domingo (31), dia da ação policial em Varginha, a parlamentar disse que a comissão iria emitir ofícios para órgãos como a PM e a PRF para entender melhor como o caso aconteceu.
"Como é de praxe em situações similares, a comissão acolheu a denúncia e eu tornei público o ocorrido. Em seguida, todas as minhas redes sociais foram invadidas por extremistas distorcendo a minha fala, com comentários de ódio e desrespeito. E por fim ameaças contra a minha vida”, falou ela.
O g1 procurou a Polícia Legislativa, mas ainda não teve retorno. O presidente da Assembleia, Agostinho Patrus, disse que assim que tomou ciência "das graves ameaças sofridas pela deputada", pediu "providências imediatas junto à Polícia Militar".
"Determinei, ainda, que sejam tomadas todas as medidas necessárias, no âmbito da Assembleia, para resguardar a segurança da parlamentar", escreveu, sem entrar em detalhes.
Já a Polícia Civil disse o seguinte:
"A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito policial para apurar as ameaças virtuais sofridas pela deputada estadual, de 43 anos, bem como as circunstâncias, a motivação e a autoria do crime. A investigação encontra-se em andamento, e tramita sob sigilo, na Delegacia Especializada em Investigação de Crimes Cibernéticos, em Belo Horizonte".
(G1)