Cachoeira de Missão Velha, Batateiras (Crato) e Riacho do Meio (Barbalha) Esses elementos naturais sempre coexistiram com a cultura dos povos da região, incluindo os primeiros habitantes da Chapada do Araripe, os Kariri. “Aqui tem duas comunidades de povos originários. Aí está se resgatando isso dos descendentes dos índios Kariri que ainda habitam determinadas localidades. Esse movimento de povos originários está existindo em todos os geoparques oficiais da Unesco. No Cariri, o Geopark está trabalhando nisso por meio do professor Patrício Pereira Melo [pesquisador, docente da Urca e colaborador do Geopark Araripe]”, ressalta Nivaldo.
“Ao mesmo tempo em que a gente está contando essa história geológica, paleontológica e arqueológica, passando pelos geossítios que vão de cada formação, nosso objetivo é que isso não seja o fim. Os guias instigam o visitante a querer mais, ir para o lado atual, fazendo ligações históricas e culturais”, reforça Rafael.
Tradição e pluralidade fazem do Cariri a microrregião do Ceará com mais Tesouros Vivos da Cultura. Atualmente, são 25 Mestres e Mestras – vivos (as) –, seis grupos e uma Coletividades reconhecidos (as) pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura, como difusores de tradições, da história e da identidade, atuando no repasse de seus saberes e experiências às novas gerações.
A religiosidade é outra característica que atrai milhares de romeiros que desejam percorrer os mesmos caminhos da fé trilhados por José Antônio de Maria Ibiapina, Padre Ibiapina, e posteriormente, Cícero Romão Batista, o Padre Cícero. Com isso, um dos pontos mais visitados do Geopark Araripe é o geossítio Colina do Horto (antiga Serra do Catolé), onde fica uma igreja e a estátua e o memorial em homenagem ao Padre Cícero. O local recebe 2 milhões de visitantes anualmente, segundo dados de 2019.
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