O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou em entrevista coletiva nesta terça-feira, 16, que toda a população acima de 18 anos deverá tomar uma 3ª dose de vacina contra Covid-19. O reforço será aplicado cinco meses após a segunda dose. A pasta estima que 158 milhões de brasileiros estão aptos a recebê-lo.
"Vamos ter uma cobertura vacinal maior da nossa população e evitar o que está acontecendo em alguns países da Europa, por exemplo. Podemos ser um case de sucesso para enfrentamento de uma possível terceira onda da Covid-19 ", afirmou Queiroga. O ministro garantiu que o País tem doses suficientes para que "todas essas vacinas cheguem tempestivamente a todas as 38 mil unidades básicas de saúde do Brasil".
"Todos os contratos firmados esse ano e que serão firmados para o fornecimento de doses em 2022 são suficientes", afirmou Rodrigo Cruz, secretário executivo do Ministério da Saúde. "Além desses contratos, temos duas opções de compra caso se verifique a necessidade de mais doses."
Até o momento, a dose de reforço estava sendo aplicada apenas em idosos e em profissionais de saúde, em um intervalo de seis meses da última aplicação, e em imunossuprimidos, após 28 dias da última dose.
A vacina a ser usada na injeção extra deve ser preferencialmente a Pfizer, segundo orientação da pasta. Porém, também podem ser usados os imunizantes da AstraZeneca e da Janssen. "Preferencialmente, deve ser uma vacinação heteróloga, ou seja, diferente do que foi usado na imunização primária", explicou Queiroga.
21 milhões precisam tomar 2ª dose
Ainda de acordo com o Ministério, mais de 21 milhões de brasileiros estão em atraso para tomar a segunda dose dos imunizantes Pfizer, Astrazeneca e Coronavac. Por isso, o governo federal anunciou uma campanha de para incentivar a busca da segunda dose da vacina covid-19. A campanha vai de 20 a 26 de novembro.
As pessoas mais jovens, com idades entre 25 e 40 anos, são as com menor aplicação da segunda dose. Já o estado do Amapá e a marca Astrazeneca são os com menor completude do ciclo básico. "A explicação é multifatorial, vai desde a falta de informação e medo de efeitos adversos até a dificuldade de faltar ao trabalho para ir tomar a vacina", pontuou Rosana Leite, secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19.
o Povo