Uma cidade destruída. Em Itabuna, no sul da Bahia, a chuva cobriu a ponte do rio Marabá, que fica no centro da cidade. A enchente começou na noite da última sexta-feira e desabrigou centenas de famílias.
Imagens mostram o nível do rio Cachoeira subindo e equipes da prefeitura tentando retirar as baronesas, plantas que se crescem em ambientes poluídos. Elas ficaram presas nas pilastras das pontes.
De acordo com a Defesa Civil, só no sábado choveu 135 milímetros. Para se ter uma ideia da quantidade de água, a média para o mês todo é de 180. Um Natal que muitas famílias jamais vão esquecer.
No domingo a chuva não parou e o nível do rio subiu mais meio metro. O resultado: casas debaixo d’água e ruas completamente alagadas.
Nove locais da cidade estão sendo usados para abrigar a população. Em vários pontos, famílias foram socorridas por voluntários que usaram barcos.
Itabuna vive a maior enchente desde 1967. Região onde a maioria dos bairros foi atingida mais de 600 famílias estão desabrigadas. O prefeito Augusto Castro decretou situação de emergência.
Peixes na pista do aeroporto
A chuva forte afetou outras cidades, como Ibiracaí, Aurelino Leal, Uruçuca, Itororó, Itajuípe, Itapetinga e Ilhéus. Uma força-tarefa foi criada pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Prefeitura para ajudar as famílias atingidas pela chuva. O governador Rui Costa determinou a instalação de uma rede de apoio em Ilhéus para atender os municípios atingidos pela chuva.
No aeroporto de Ilhéus, pelo menos 14 peixes foram retirados da pista, segundo a empresa que administra o terminal aéreo.
Em Itambé, os moradores também vivem uma situação dramática. Uma barragem que fica no distrito de Iguá, em Vitória da Conquista, a cerca de 58 km da cidade, se rompeu na noite de sábado. Mais de 580 famílias foram atingidas. Os prejuízos são incalculáveis. A água invadiu ruas e casas, e os moradores foram obrigados a sair rapidamente e ir para um local seguro, deixando para trás todos os pertences. Cerca de 60 casas desabaram. As famílias atingidas estão sendo acolhidas em escolas do município.
“R7”