O Ministério Público Federal (MPF) solicitou a suspensão dos direitos políticos do empresário Luciano Hang ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS). A acusação é de que o comerciante cometeu abuso de poder econômico nas eleições municipais de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul.
No dia 11 de dezembro de 2020, Hang sugeriu aos moradores da cidade que uma loja da sua rede varejista só seria construída caso Anderson Mantei (PP) fosse eleito prefeito da cidade.
César Augusto Schmitt Sousa, advogado de Hang, afirmou que “não existe nenhuma condenação” contra Luciano e que somente haverá manifestação “nos autos do processo”.
José Osmar Pumes e Fábio Nesi Venzon, procuradores do caso, afirmam que “se encontra bem demonstrada a ocorrência de abuso de poder econômico nas Eleições de 2020, no município de Santa Rosa (RS), praticado pelo investigado Luciano Hang (…) em benefício da chapa à eleição majoritária”.
Pumes e Venzon recomendam uma “sanção de inelegibilidade para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que verificado o abuso de poder econômico”.
Anderson Mantei e seu vice, Aldemir Eduardo Ulrich, também podem sofrer punições. O Ministério Público pede a suspensão do diploma da chapa por terem sido “beneficiados pelo abuso de poder econômico”. Uma nova eleição é sugerida pelo órgão.
A manifestação de Hang, na ocasião, foi transcrita no parecer do Ministério Público. O empresário afirmou que entregaria o projeto “para a prefeitura né, depende aí do prefeito, nós temos obras em andamento nesse momento. Hoje, no Brasil, a Havan tem quinze lojas em andamento, ela deu prioridade para aqueles prefeitos, aqueles municípios, que eu, [Luciano Hang], não tô pedindo nada de graça, nada”.
(Jurinews)