A época do natal é uma das mais importantes para o comércio em todo o mundo. Nos últimos 10 anos, o período corresponde a 22% das vendas brasileiras totais no mês de dezembro.
Em 2021, a data festiva se encontra em um momento de transição com as medidas de flexibilização da pandemia de covid-19. Porém, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), este ano, o período deve movimentar cerca de R$ 60 bilhões em vendas. Além disso, as expectativas da Associação Comercial de São Paulo, que realizou uma pesquisa em todo o território nacional, apontam que as vendas de natal devem crescer 10% em relação ao mesmo período do ano passado. A pesquisa demonstrou ainda que cerca de 41% dos brasileiros pretendem ir às compras neste fim de ano, mas outros 41% decidiram não gastar nada e os 17% restantes seguem indecisos.
Para o estrategista de negócios, Paulo Neime, o período festivo pode ser um importante aliado na recuperação da economia ainda abalada pela pandemia. “Acredito que este será um natal recorde de vendas, pois existe uma demanda reprimida por não termos tido a oportunidade de celebrar o natal no ano passado com o auge da crise”, opina.
O especialista acredita ainda que o varejo deve ser encontrado com preços mais em conta, mesmo com a alta da inflação, pois representa uma oportunidade de movimentação de mercadorias que não foram vendidas ao longo do ano. “Isso fará com que o consumidor vá até a loja e a mercadoria que estava parada seja vendida, desde que não comprometa a margem de contribuição”, pontua.
Para Neime, o destaque em 2021 será entre os eletrodomésticos, calçados, bolsas, roupas e objetos considerados como ‘lembrancinhas’. “Se o consumidor pesquisar bastante, poderá encontrar lojas com uma ampla variação de preços, facilitação de prazos e formatos de pagamentos diversos. O comércio online também pode ser uma boa alternativa para realizar a pesquisa de preços”, aconselha.
Para o coordenador de vendas online da Carmehil, José Júnior, já é possível notar a diferença de venda entre 2020 e 2021. “Se compararmos ao ano anterior o crescimento é bem significativo, não somente pela a data em si, mas pela mudança de comportamento do nosso cliente”, explica. Júnior acredita que, este ano, sua loja consiga alcançar a marca de 50% de crescimento ainda no natal. “Mesmo com a alta de preços dos produtos e a falta de insumos nas indústrias, acreditamos que este período será ótimo”, declara.
Por Yasmim Rodrigues