Servidores do BC devem entregar cargos na próxima semana

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Servidores do Banco Central não descartam as paralisações em todo o país

Servidores do Banco Central não descartam as paralisações em todo o país

MARCELLO CASAL JR. / AGÊNCIA BRASIL


Os servidores do Banco Central vão iniciar, na próxima semana, a entrega dos cargos comissionados em protesto contra a aprovação do Orçamento de 2022, que concedeu reajuste salarial somente às carreiras policiais. A informação foi confirmada ao R7 pelo presidente do Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), Fabio Faiad.

A intenção é cobrar do presidente do BC, Roberto Campos Neto, uma resposta sobre um plano de restruturação da carreira. "Estamos atuando ainda no campo político. Na segunda-feira (27), vamos montar a lista com o número exato de entrega das comissões. Se isso não surtir efeito, estamos pensando em paralisações", disse Fabio Faiad. 

 Em último caso, o presidente do Sinal afirmou que será considerada a possibilidade de a categoria entrar com uma ação judicial contra essa restruturação isolada, voltada apenas para policiais. 

Na última quinta-feira (23), foram enviados emails e notas direcionados ao presidente Campos Neto, cobrando da direção uma resposta sobre um plano de restruturação da carreira. O material também foi publicado na intranet do órgão. 

Servidores do BC seguiram a mesma linha de protesto da Receita Federal, onde mais de 320 servidores pediram exoneração do cargo na última quarta-feira (22). 

Reajuste para policiais

Entre os pontos de impasse na votação do Orçamento de 2022 estava o reajuste salarial de policiais federais, rodoviários e de agentes do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

As mudanças no relatório atenderam parcialmente ao pedido do presidente Jair Bolsonaro de restruturação das carreiras federais de segurança, com a destinação de R$ 1,736 bilhão à categoria no ano que vem. A sugestão inicial do governo era um total de R$ 2,8 bilhões.

Na segunda versão do relatório, o relator também trouxe a previsão de um incremento de R$ 800 milhões para o reajuste do piso dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate a endemias, cujo veto presidencial à recomposição salarial foi derrubado pelo Congresso na semana passada.


                                          R7 

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