Apesar da crise econômica ter afetado alguns setores, o mercado imobiliário sobralense teve um crescimento em vendas do primeiro até o segundo semestre de 2020. Para a surpresa dos corretores, enquanto muitos viviam em isolamento, foi desencadeado o desejo de muitas famílias na aquisição da casa própria ou até mesmo de investir o dinheiro do FGTS em um imóvel. As propriedades que estavam construídas todas foram adquiridas.
Neste período o valor dos materiais de construção foram aumentando aceleradamente, como por exemplo o ferro, que em média subiu 120%. Isso automaticamente subiu o preço dos imóveis, é o que explica o sócio proprietário da MS Imóveis, Francisco de Assis Maia:
“No geral esse aumento veio em torno de 56% no valor total da casa, ou seja, quando a gente construía uma casa para ser vendida no valor de 170 mil antes da pandemia, essa mesma casa durante a pandemia ficou por 240 mil, somando o aumento do material, mas o aumento da mão de obra que subiu bastante”.
Durante os decretos da prefeitura referentes ao isolamento social rígido, as atividades da construção civil ficaram suspensas. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE) agia on-line na fiscalização sob denúncias, mas segundo o Inspetor Chefe do CREA em Sobral, Augusto Azevedo, não ocorreram muitas autuações, pois não estavam havendo trabalhos ativos.
“Nós temos rotas todo mês a serem cumpridas, nós temos 3 fiscais aqui na cidade de Sobral e nas rotas eles vão verificando cada obra. E fora as nossas rotas recebemos denúncias anônimas de pessoas que estão sendo prejudicadas de alguma forma pela construção”.
Durante este ano de 2021, em que não houve muita restrição, as obras voltaram e alguns bairros estão se destacando como os mais procurados para compra de imóveis por estarem mais próximos a universidades, serem mais polos de vendas de supermercados, como o Bairro Antônio Carlos Belchior, que é mais conhecido como Boa Vizinhança 2, outro que está em evidência é o Bairro Renato Parente, que dará vida ao novo loteamento Renato Parente 3, próximo ao Condomínio Moradas.
A expectativa das imobiliárias para 2022 é que pelo menos continue com o avanço que 2021 está deixando, digamos assim de “legado”.
Por Ana Karine / Sistema Paraíso