Mesmo com a proximidade do prazo para uma eventual desincompatibilização do cargo, o governador Camilo Santana (PT) evitou falar, nesta segunda-feira, 21, sobre a possibilidade de deixar o governo para disputar uma vaga no Senado nas eleições de outubro próximo. Caso se candidate, o petista terá que anunciar a saída do governo até o próximo dia 2 de abril.
Presente na reunião do Conselho de Governadores do Ceará, que contou com a presença de seis ex-governadores cearenses, Camilo foi questionado sobre o sentimento que fica após quase oito anos de gestão e se estaria presente, em um próximo encontro, também como ex-governador, mas desconversou e disse apenas “vamos trabalhar”.
Também estiveram presentes a vice-governadora Izolda Cela e os ex-governadores Ciro Gomes (PDT), Cid Gomes (PDT), Tasso Jereissati (PSDB), Lúcio Alcântara, Francisco Aguiar e Gonzaga Mota.
Criado em 2020, por meio da aprovação de projeto de lei na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), o grupo tem intuito de "compartilhamento de ideias e experiências sobre assuntos relevantes para o Estado do Ceará" segundo a proposta aprovada.
Ao comentar o encontro desta segunda, Camilo destacou que o objetivo do momento é de dialogar sobre os "inúmeros desafios" que o Ceará ainda deve vivenciar nas próximas gestões.
"A ideia do conselho é dialogar e ouvir as experiências de cada um (...) Acho que esse é o papel desse conselho, é reunir todos aqueles que deram a sua contribuição e que ainda darão para que a gente possa superar os desafios do Ceará. A gente precisa sempre pensar nas políticas, não política de governo, mas política de Estado, independente do governador que assuma o posto de líder, para que as políticas possam continuar", avaliou.