O reajuste anual comunicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve acontecer em cerca de 30 dias no Ceará. Especialistas do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE) estimam que o aumento neste ano deva ser na ordem de dois dígitos, ficando, possivelmente, em torno 11%. No ano passado, o reajuste médio aprovado havia sido de 8,95%.
Entre os motivos para a elevação estão a crise hídrica de 2021, a pior nos últimos 90 anos, e as dívidas acumuladas pela Aneel junto às distribuidoras e em virtude da compra de energia termelétrica para suprir a demanda de energia no período de maior escassez no ano passado.
Para o presidente do Sindienergia-CE, Luis Carlos Queiroz, apesar de vivenciarmos uma transição energética no País, utilizando, cada vez mais, fontes como eólica e solar, a dependência da geração advinda das hidrelétricas ainda é muito alta.
“Hoje, solar e eólica representam, juntas, 13,8% na nossa matriz energética e cerca de 57% da energia gerada no país ainda advém das hidrelétricas, uma fonte de energia limpa, mas limitada e dependente de boas chuvas”, diz Queiroz.
Para ele, a solução para situação energética brasileira seria o desenvolvimento mais rápido de outras fontes de energia abundantes, como eólica e solar.
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