O comércio vem sofrendo perdas históricas desde o início da pandemia, seja pelo período de isolamento rígido sem circulação de pessoas, pela queda do poder aquisitivo ou mesmo pelos investimentos feitos para atender aos protocolos de saúde.
Como se não bastasse as consequências econômicas de uma crise sanitária sem precedentes, quando iniciamos uma retomada com crescimento de 1% acima da média nacional, de acordo com o IBGE, quando parecia que estávamos diante de uma luz no fim do túnel, fomos assombrados na última sexta-feira, 22 de abril, por mais uma notícia catastrófica, o aumento de 24,85% na conta de energia elétrica.
Se os micro, pequenos e médios empresários que constituem 90% das empresas no Ceará já estavam lutando para sobreviver pós covid-19, agora a luz literalmente apagou.
Nesse cenário, em defesa do setor produtivo, a Federação do Comércio do Ceará (FECOMERCIO) junto com as Federações da Industria (FIEC), da Agricultura (FAEC) e a Associação Cearense de Defesa do Consumidor promovem um debate amplo, focado nas ideias e minoração dos impactos para os consumidores e as empresas.
Esse aumento abusivo não se justifica diante da saída da bandeira de escassez hídrica, uma vez que estamos com a melhor reserva desde setembro de 2013, um volume de 34,6% que nos assegura a estabilidade hídrica no Ceará.
Vamos deixar bem claro, não podemos admitir que o comerciante, que gera emprego e renda para este estado, mais uma vez, junto com os trabalhadores sejam prejudicados e paguem mais esta conta.
Luiz Gastão Bittencourt da Silva
Presidente da Fecomércio-CE