A movimentação política no mês de abril beneficiou o pré-candidato Jair Bolsonaro. Ele conseguiu para de cair nas pesquisas, o que o deixava irritado e sem dormir. Pior: passou a agredir até mesmo correligionários. Em episódio de pleno conhecimento público, o presidente foi ao extremo para agradar parte da opinião pública. Concedeu “graça”, perdão ao deputado Daniel Silveira, um miliciano seu amigo. O caso foi um enfrentamento ao Supremo Tribunal Federal (STF), jogada política que colocou parte da opinião pública ao seu lado e o fez parar de cair nas intenções de votos. Bolsonaro ganhou pontos, surgindo como “muito macho”, ao enfrentar os ministros da mais alta Corte do país.
O agora, oficialmente, pré-candidato Lula jogou mal, fez declarações que o tiraram do curso normal e caiu dois pontos nas pesquisas. Ciro pegou os eleitores dele. Os agressivos discursos do ex-presidente ao eleitor mais de centro podem lhe custar caro. Lula precisa de cuidados ao tratar sobre temas como aborto, guerra e segurança pública.
Ciro Gomes ainda não atingiu dois dígitos na pesquisa do IPESP, ex-Ibope. Tem 8%, na margem de erro chega a 11%. Ele precisa crescer para sonhar com lugar no segundo turno. Ainda tem muita campanha pela frente, os debates são a grande aposta do pré-candidato do PDT.
Até o final do mês, os partidos fecham as federações partidárias. No passado recente, eram chamadas de coligações. As federações precisam durar quatro anos e as coligações, pouco dias depois das eleições, eram dissolvidas. Milhões de reais e tempo de rádio e TV estão em jogo. A mistura pode ser do jogo político, mas também uma jogada perigosa. Muitos lances ainda estão previstos. Até agora, Bolsonaro, Lula e Ciro são os nomes que estão no radar do eleitor.
Roberto Moreira