Dividido e enfrentando dissidências com o apoio de lideranças regionais ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, o MDB oficializa, no próximo dia 27, a partir das 11 horas, em Brasília, a candidatura da senadora Simone Tebet à Presidência da República e a aliança com o PSDB e o Cidadania. A poucos dias do evento, o senador Tasso Jereissati ainda não confirmou, publicamente, se irá compor, como vice, a chapa de Simone Tebet.
O senador cearense tem sido assediado para concorrer à reeleição com o apoio do PDT. Uma das dissidências do MDB está no Ceará: o presidente da Executiva Regional, ex-senador Eunício Oliveira, assumiu apoio a candidatura do ex-presidente Lula. Antes mesmo do MDB sinalizar para o lançamento de uma candidatura própria, Eunício já havia tomado a dianteira para defender que o partido fortalecimento o nome do líder petista. A maioria dos diretórios estaduais decidiu, porém, lançar a candidatura de Simone Tebet que hoje aparece com apenas 2% das intenções de votos.
Tebet acredita que a campanha pelo rádio e pela televisão a ajudará a ter viabilidade eleitoral para chegar ao segundo turno das eleições. Esse otimismo não é encontrado entre lideranças nacionais e regionais do MDB e do PSDB
Sistema misto
de votação
De acordo com o edital de convocação da Convenção Nacional do PSDB, assinado pelo presidente da legenda, Bruno Araújo, a votação se dará em sistema misto – presencial, na sede do partido, em Brasília, virtual, por meio de uma plataforma específica na internet.
Diante das divisões no MDB, o ex-presidente Michel Temer fez ponderações para a convenção ser adiada, mas foi voto vencido. O temor é que, com o fraco desempenho da chapa presidencial, o MDB emagreça ainda mais na Câmara e no Senado.