Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu ajuda à população do Brasil para que o país consiga vencer doenças que pareciam ter deixado de ser um problema nacional, entre elas a poliomielite e o sarampo. Ele participou neste sábado (20) da abertura do Dia D da Vacinação.
“É inaceitável hoje que doenças antigas, como é o caso da poliomielite e do sarampo, ainda possam ameaçar as crianças do Brasil”, disse Queiroga.
“É por isso que a saúde, como um direito de todos e um dever do Estado, deve ser implementada na medida máxima do possível”, completou.
O ministro afirmou que não cabe apenas ao ministério esse papel de estimular a vacinação. Para ele, é essencial que pais e demais familiares levem suas crianças de até 5 anos de idade aos postos.
“Liberdade é também ter as nossas crianças livres de doenças evitáveis por vacina”, disse no início de seu pronunciamento.
Segundo Queiroga, a queda na cobertura vacinal é um fenômeno mundial, que vem sendo percebido em vários países nos últimos anos.
“O objetivo é vacinar 15 milhões de crianças abaixo de 5 anos. Esse tem que ser um compromisso de todos nós brasileiros.”
O titular da pasta da Saúde lembrou que o último caso de poliomielite no país foi registrado em seu estado natal, a Paraíba, em 1989. “Vocês já viram alguém com essa doença? Eu vi, na minha escola, quando criança, e essa realidade não pode voltar.”
“O sarampo até 2009 não tinha nenhum caso no país. E voltou”, comentou.
“É importante todas as vacinas. A contra a pólio, mas também a tríplice viral, que protege do sarampo, da rubéola, da caxumba. A de HPV, por exemplo, vai prevenir câncer de colo de útero no futuro”, explicou.
A campanha de vacinação foi lançada em 8 de agosto e vai até 9 de setembro. “Precisamos vacinar 90% das nossas crianças para evitarmos o retorno dessas doenças”, alertou Queiroga.
No fim de sua fala em Ouro Preto, o ministro exaltou o SUS (Sistema Único de Saúde), que considera essencial nesse objetivo da campanha de vacinação. “Foi com ele que nós superamos a maior emergência de saúde que o país já viu, a Covid-19”, afirmou.
R7