Até o dia 5 de setembro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) executou apenas 37% do orçamento autorizado para prevenção e controle de incêndios florestais em 2022. Os dados foram extraídos do Painel do Orçamento Federal (Siop) pelo Observatório do Clima.
O OC observa que essa baixa execução coincide com o maior número de queimadas para um mês de agosto em 11 anos na Amazônia, junto com uma alta de 41% da área queimada no bioma de janeiro a julho, em relação ao mesmo período do ano passado.
O levantamento aponta que até a última segunda-feira (5), o Ibama havia liquidado R$ 19,48 milhões dos R$ 52,75 milhões autorizados para prevenção e controle de incêndios florestais
Suely Araújo, especialista em políticas públicas do Observatório do Clima, ressalta que “o Ibama deveria ter atuado com força antes da época da seca para evitar o que está ocorrendo na Amazônia. Já a redução dos valores previstos para prevenção e controle em 2023 é criminosa. O Congresso Nacional tem o dever de ajustar isso no trâmite da proposta orçamentária”, conclui.