A votação para a escolha do próximo presidente do Brasil já começou do outro lado do mundo. O primeiro país a abrir as seções foi a Nova Zelândia, que tem 16 horas à frente do fuso horário brasileiro. As urnas foram instaladas na capital Wellington.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), 686 eleitores brasileiros estão aptos a votar em Wellington. Um deles é o cearense Pedro Marques, 36, que chegou ao local minutos após a abertura das seções. "A movimentação estava bem tranquila. Havia pequenos grupos manifestando apoio a Lula e Bolsonaro, mas de forma pacífica", disse Pedro ao O POVO.
O cearense, que mora em território neozelandês há mais de seis anos, precisou enfrentar quase sete horas de viagem a carro para chegar à sede da embaixada brasileira, em Wellington, onde as urnas estão instaladas. Pedro mora na cidade de Hamilton, na região de Waikato, localizada a cerca de 520 quilômetros da Capital. A distância, segundo ele, foi compensada pelo sentimento de dever cumprido com a democracia do seu País de origem.
"Acho que cada voto é importante para o fortalecimento da nossa democracia. No meu caso, fiz um investimento para estar aqui, mas felizmente não precisarei gastar com hospedagem, pois estou na casa de um amigo. Mas conheço outras pessoas que fizeram esforço maior, gastando com hotel, pedindo folga do trabalho e tendo ainda mais gastos", contou Pedro.
Assim como nos demais locais onde haverá votação no exterior, os votos depositados nas urnas na Nova Zelândia serão enviados para a sala de totalização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O MRE informou que, neste ano, 697.084 mil eleitores brasileiros que moram no exterior estão aptos a votar para presidente da República no primeiro turno das eleições. O número é recorde e representa aumento de quase 40% em relação ao pleito de 2018. De acordo com o TSE, foram instaladas 989 urnas em 97 países.
o Povo