A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte voltou a discutir o contrato de empréstimo de US$ 80 milhões entre o Município e a Coorporação Andina de Fomento (CAF). O empréstimo foi aprovado na quarta-feira (5) no Senado Federal, mas a lei municipal que autorizava sua contratação foi revogada pela Câmara Municipal na quinta-feira (6).
Durante a Sessão Ordinária desta terça (11), o presidente em exercício, vereador Capitão Vieira Neto (PTB), fez uso da Tribuna de Honra da Casa para contrapor a narrativa de alguns veículos de comunicação, que, segundo ele, insinuaram que a matéria foi um ato de perseguição contra o prefeito Glêdson Bezerra.
“Até hoje não fui procurado por nenhum veículo de comunicação. Apenas transmitiram as falas do prefeito. O prefeito, a meu ver, se fazendo de vítima, de bonzinho. Inclusive questionaram a nossa forma de conduzir a votação”, disse o vereador.
O parlamentar ainda expôs a contradição de páginas de apoio ao prefeito nas redes sociais, que se posicionavam contra o empréstimo, em meados de 2019, e chamavam o então vereador Glêdson Bezerra de ‘guerreiro’ por ter ido à Justiça para barrar a contratação. Vieira Neto também reproduziu um vídeo em que Glêdson classifica o empréstimo como ‘aberração’.
“Trouxemos isso para mostrar quem era o prefeito Glêdson como vereador e agora quem é o prefeito Glêdson como prefeito. Ele se posicionou contra o projeto como um todo e, inclusive, chamou de aberração numa fala dele”, disse o vereador.
Janu denuncia suposto esquema de receitas médicas
No Grande Expediente, o vereador Janu trouxe à tona um suposto esquema de desvio de receitas médicas em Juazeiro do Norte. Ele relatou uma ação realizada pela Guarda Municipal, que apreendeu aproximadamente 300 receitas com o brasão do Município. Segundo o parlamentar, o material foi encontrado em um carro próximo a um ponto de venda de drogas.
Janu disse ver com estranheza a exoneração da diretora do Same (Serviço de Assistência Médica Especializada) dias após a apreensão do material. “Ela foi exonerada dia 10 e foi retroativo ao dia 1º de outubro. Na abordagem, o cidadão que foi abordado disse que as receitas eram dela. Isso causou estranheza. Isso pode ter sido o fator para que ela tenha sido exonerada”, disse o vereador.
“A gente quer saber quais as medidas foram tomadas pelo Município: se foi feito boletim de ocorrência, se as receitas foram roubadas, se foi aberto processo administrativo, se as polícias Federal e Civil foram acionadas. Diante de tudo isso esperamos que haja um pronunciamento da gestão para explicar essa situação”, completou.
A assessoria do Município ainda não se manifestou.
ASCOM