SANTANA DO CARIRI : LIVRO BEM - AVENTURADA DO ESCRITOR E jUIZ DR. FLÁVIO MORAIS, É LANÇADO DE FORMA OFICIAL NO MUNICIPIO

Blog do  Amaury Alencar
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Na memorável noite desta quarta feira (23), no salão paroquial da paróquia de Senhora Santana no município de Santana do Cariri, com uma boa fatia de publico foi lançado pelo juiz e escrito Dr. José Flávio Moraes, o livro intitulado Bem aventurança a História de Benigna Cardoso da Silva, com a participação de amantes da literatura, Vice prefeito João Paulo Cabral, autoridades municipais, vereadores, vigário da paróquia de Senhora Santana Padre Paulo Lemos Pereira, Padre Paulo Evangelista e a sociedade Civil Organizada.



.APRESENTAÇÃO DO LIVRO

BEM-AVENTURADA - A HISTÓRIA DE BENIGNA CARDOSO DA SILVA
Inicio este breve comentário manifestando meus mais sinceros agradecimentos ao escritor Flávio Morais pela honrosa tarefa de apresentar a sua mais recente obra literária, intitulada “Bem-Aventurada - A história de Benigna Cardoso da Silva”. Por ser esta a primeira apresentação que faço, espero corresponder às expectativas.
Escrever é registrar memórias, fatos, sensações e interpretações. O escritor Flávio Morais se distingue pela versatilidade de seus escritos - dos contos folclóricos, ao romance; do conteúdo jurídico a historiografia. É autor de quatorze livros, entre os quais, Sete contos de Arrepiar, A Sombra do Laço, Rastros Sombrios, Padre Ibiapina - Histórias maravilhosas, O carvão, e Daniel Alecrim e o Talismã de Ébano. Esta última obra foi agraciada com o Prêmio Rachel de Queiroz de Literatura Infantil, no ano de 2010, pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará.

A obra literária Bem-Aventurada narra a vida, a personalidade e as virtudes da primeira Beata do Estado do Ceará e da Diocese de Crato, Benigna Cardoso da Silva. Construído em curto espaço de tempo - pouco mais de um mês - dada a iminência da beatificação, o livro é uma demonstração clarividente da inspiração e habilidade do escritor em produzir uma publicação de tal envergadura, tão brevemente.
O livro Bem-Aventurada, como os demais que já tive a oportunidade de apreciar como leitor, revela qualidades do escritor Flávio Morais, com destaque para duas: simplicidade e profundidade. A simplicidade se verifica na utilização de uma linguagem clara, com palavras simples e sem recorrer ao cabedal de termos rebuscados, que os estudos e a linguagem jurídica certamente lhe propiciam, tornando a obra acessível aos mais variados públicos de leitores. A profundidade se revela na reconstrução fidedigna da personalidade e caráter irretocável de Benigna Cardoso, perscrutando a sua essência e seus valores nos levando à intimidade com a doce menina.
A construção desta obra, ainda que não tenha sido motivada enquanto produção científica, no uso estrito do termo, em nada descuidou dos aspectos metodológicos. Foi embasada na coleta de informações, na bibliografia - que ainda é escassa, - na pesquisa documental, a partir do inquérito policial, colhendo opiniões de especialistas do campo jurídico, e na narrativa oral das testemunhas que conviveram com Benigna Cardoso da Silva, a saber: Teresinha Sisnando (Iranir), Terezinha Alencar (Tetê) e Nair Sobreira Feitosa.
Como o próprio escritor retrata no último capítulo deste livro, sobre o trabalho de produção: “Foi preciso escutar, registrar, interpretar, concatenar versões, costurar fatos e, o mais desafiador, preencher de forma lógica as lacunas de tempo, de espaço e de impressões.” (MORAIS, 2022, p. 97)
Apresentar uma obra tão qualificada é uma tarefa fácil e ao mesmo tempo difícil. É fácil, pois, a qualidade do texto clarifica as ideias e a compreensão. É difícil, porque podemos incorrer no erro de não contemplar todas as qualidades que possui. Todavia, cada leitor terá a oportunidade de fazer sua apreciação deleitando-se na profundidade desta publicação literária.
Ainda assim, ouso elencar as qualidades percebidas: A fidelidade aos aspectos históricos. A autenticidade aos relatos testemunhais das pessoas que conviveram com a Beata Benigna. A leveza de conduzir a história, que culmina com um trágico episódio. A riqueza de detalhes que nos possibilitam reconstruir os cenários e a sua vida quotidiana. A reconstituição da paisagem natural, detalhando os aspectos básicos da caatinga, do semiárido nordestino. O cuidado de explicar expressões regionalistas. O relato veraz de costumes e hábitos próprios da cultura nordestina. A reconstrução dos espaços, dos objetos próprios do convívio de Benigna, ao longo de sua breve existência. O despertar dos sentidos ao narrar os aromas, sabores e sensações. A reconstrução autêntica da relação de amizade e intimidade da menina com seu amado Jesus. A reconstituição das suas lembranças, memórias, sentimentos, reflexões sobre a vida e suas intempéries, reflexões sobre a conduta moral diante dos apelos divinos. Por fim, destaco ainda a fidelidade aos elementos teológicos e doutrinários do catolicismo, que tornam esta obra até catequética.
O leitor ao revisitar os espaços que Benigna Cardoso esteve, a exemplo da Igreja Matriz de Senhora Sant’Ana, do Bairro Inhumas e do Sítio Oiti, recordará as cenas construídas a partir da apreciação desta obra literária, buscando enxergá-los com os olhos da amável menina.
Deleitar-se nesta obra nos permite uma viagem contagiante, do alvorecer ao arrebol de uma história de fé, amor, perseverança e fidelidade aos mandamentos divinos que nos motiva e inspira. Nossa gratidão ao escritor Flávio Morais por nos proporcionar essa doce e emocionante aventura. Esteja convicto de que ela toca o coração de quem a aprecia, como tocou o seu coração ao escrevê-la.
Boa leitura a todos!
Santana do Cariri-CE, em 23 de novembro de 2022
Marcos Danilo Estevam Sobreira
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Danilo Sobreira e o autor do livro Dr. Flávio Morais


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