Jade Romero é a segunda mulher a assumir a Vice-Governadoria na história do Ceará

Blog do  Amaury Alencar
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Jade Romero (MDB), vice-governadora do Ceará diplomada no último dia 16 de dezembro, é a segunda mulher a ocupar o posto, depois de Izolda Cela, que esteve no cargo de 2015 a 2022. Eleita ao lado de Elmano de Freitas (PT) em 2022, Jade estará à frente da Vice-Governadoria até 2026.

Ela foi anunciada para compor a chapa no dia 9 de agosto, em substituição à fisioterapeuta Renata Almeida (MDB), que desistiu da disputa, após ser alvo de ataques e notícias falsas, envolvendo seus familiares.

Antes de chegar ao Abolição, Jade foi secretária executiva de Esporte do Governo do Estado e secretária municipal de Participação Popular em Fortaleza, além de ter atuado na assessoria de Eunício Oliveira (MDB), no Senado.

Após a desistência de Renata Almeida, que seria a candidata à vice na chapa de Elmano, ela teve o nome cogitado por militantes, via redes sociais, até ser oficializada como a substituta.

Com intensa atuação no MDB, Jade Romero, também, foi presidente de Juventude do partido no Ceará, membro da executiva de Juventude do MDB Nacional, conselheira de Juventude e presidente do MDB Mulher.

Em 2022, ela foi a única candidata ao Executivo estadual, como vice. A pré-candidata do PSOL, Adelita Monteiro, retirou o nome da disputa, para apoiar a chapa de Elmano. Ela, inclusive, foi anunciada como Secretária Estadual da Juventude do governo do petista.

Jade, por sua vez, ocupa seu primeiro cargo eletivo, reforçando a importância das mulheres na política.  "Mulheres fortes, que não desanimam, que lutam pela sobrevivência, que dedicam suas vidas a sustentar outras vidas, que buscam forças à frente dos desafios e que, ao final, superam os obstáculos. Que possamos ocupar mais lugares na política e no Mundo, que tenhamos mais Izoldas, Marias, Luízas, Doras…", escreveu a vice-governadora eleita, após ser diplomada.

Ainda durante a campanha, Jade viveu situação difícil na esteira de sua condição de mulher na política. A postulação da emedebista foi questionada pelo PDT, visto que ela tinha solicitado exoneração de cargo no Governo do Estado fora do prazo estipulado pela Justiça Eleitoral. Jade, todavia, estava em licença maternidade.

A própria petição de impugnação incitava a existência de fraude da licença, que foi solicitada em fevereiro, muito antes de qualquer definição das candidaturas.

Em vitória da então candidata a vice, o Tribunal Regional Eleitoral reconheceu, por cinco votos a um, que o afastamento de Jade Romero das suas funções se deu dentro da regularidade.

Para a campanha da então candidata, a aprovação pelo TRE atestou “que mães recentes não precisam abrir mão do direito à licença-maternidade para concorrer em pleitos eleitorais”.

Jade, também, assume a vice-governadoria na esteira do debate sobre violência política contra as mulheres, que foi ampliado, após a atual governadora Izolda Cela ser impedida de disputar a reeleição pelo seu antigo partido, o PDT.

Assim como Jade, a partir de 2023, mais mulheres vão representar o Ceará na Assembleia Legislativa do Estado e na Câmara dos Deputados. Serão nove deputadas estaduais: Dra. Silvana (PL), Marta Gonçalves (PL), Gabriella Aguiar (PSD), Lia Gomes (PDT), Luana Ribeiro (Cidadania), Jô Farias (PT), Juliana Lucena (PT), Larissa Gaspar (PT) e Emília Pessoa (PSDB). Enquanto três mulheres ocupam assento na Câmara Federal: Luizianne Lins (PT), Dayany do Capitão (União) e Fernanda Pessoa (União).

Outro reflexo que pode ser observado é a paridade de gênero na composição do secretariado do governo Elmano e Jade.

                                 Roberto Moreira 

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