O artista plástico Wellington Pereira, 24 anos, residente na cidade de Várzea Alegre, teve uma obra adquirida por uma arquiteta dos Estados Unidos, na exposição da Norte Bienal de Artes na cidade de Sobral.
O jovem do bairro Betânia esteve levando o tema de Várzea Alegre na 10ª edição da exposição que se dá na Galeria Norma Soares de Arte Contemporânea, maior evento de arte do interior do Ceará.
A arte de Wellington tem como título “Lagoa”; técnica Pigmentos naturais sobre tela; dimensões 30 x 60 cm e foi produzida no dia 20 de novembro. A imagem representa a Lagoa de São Raimundo, com destaque uma galinha-d’água sobre o lago, com fundo a estátua de São Raimundo Nonato.
Para a produção, o jovem disse ao repórter Ivan Silva, que pelo trabalho ser de pigmentos naturais extraídos da chapada do Araripe, foram coletadas algumas rochas de terra para serem transformadas em tinta. A produção do material é de Wellington e de um grupo de pesquisa da Universidade Regional de Cariri – URC.
A obra na exposição foi adquirida pela estadunidense Gabrielle Astier. Ela teve acesso a obra por residir no estado do Ceará, especificamente na cidade de Sobral.
Wellington disse que a norte-americana ficou encantada com o seu trabalho dentre várias obras na Bienal, o que a fez comprar o quadro. O valor não foi divulgado pelo jovem.
“É uma satisfação enorme transmitir o meu trabalho, levando um pouco aqui da nossa cultura para outros lugares distantes”, disse.
Essa é a segunda vez que Wellington Pereira participa da Bienal de Artes, a primeira ocorreu em 2020, de forma remota, em que ele participou com duas obras pintadas com café e tinta óleo. A imagem retratada foi a Matriz de São Raimundo Nonato.
A exposição na Bienal de Artes foi aberta no dia 25 de novembro e está disponível até 31 de dezembro. Além de festejar os 10 anos, o evento tem o objetivo de dar visibilidade, promover diálogo e contar histórias da arte.
Sobre Welington Pereira, ele cursa Artes Visuais e está na fase de Conclusão do Curso – TCC.
“E a minha pesquisa é justamente os pigmentos naturais, especificamente os minerais. Inclusive, vou extrair os pigmentos do solo de Várzea Alegre e produzir tinta com elas, para ser feito um material didático voltado ao nosso município”, disse.
O jovem finalizou dizendo que planeja deixar a sua pesquisa nas escolas de Várzea Alegre, principalmente naquelas que fazem parte da rede pública.
Foto divulgação
Várzea Alegre Agora