Foi uma conversa interessante e produtiva com Davi Gomes, da comunidade de São Tomé, município de Pacujá, Zona Norte do Ceará.
Com apenas 8 anos, ele comprova na prática que as questões ambientais são apenas uma questão de atitude e de decisão política e uma comunidade. Ele cita o que fazer e o que está fazendo para proteger a Natureza e o Bioma Caatinga, um dos ensinamentos é respeitar seu lugar, deixando as árvores em pé e cuidando para que elas continuem fazendo a sua parte em prol do equilíbrio ambiental.
Davi Gomes que integra o Projeto Jovens Caatingueiros da Comunidade de São Tomé e Zipú, aprendeu que para recuperar possíveis as áreas degradadas, teremos que seguir a risca o que nos ensina a Natureza ou seja, ao plantar uma árvore Nativa intercalando uma fruteira, não há necessidade de deixar um vácuo entre elas como fazem muitos que se dizem entendidos ambientalmente. A lição tirada é que, ao realizar um trabalho de recuperação, olhe bem para o que a Natureza fez com as Matas, todas as espécies convivem harmonicamente sem a tal estórias de espaçamentos, coisa de ignorantes. E assim, o Bioma Caatinga vai ganhando o verde e a geografia vai mudando para melhor.
Davi Gomes é uma criança comum como outra qualquer porém, tem uma visão extraordinária no tocante ao Setor Ambiental, sua posição é defender e cuidar do Bioma Caatinga, sua "fauna e flora", assim, conseguiremos ver o que planejamos, diz o garoto.
Ele tem participado de todas as ações de Educação Ambiental dos últimos 3 anos, na seu município são várias ações trabalhadas na comunidade do Zipu e em São Tomé, ele foi ousado, aceitou o desafio para recuperar uma nascente ou olho d'água que desapareceu há 40 anos, o mesmo morreu em decorrência do corte das árvores que protegiam esse recurso hídrico. Fazem 6 meses que ele e um grupo de crianças cuidam da recuperação da área degradada com o apoio dos familiares e ambientalistas, com a plantação de árvores da Caatinga, fruteiras e plantas ornamentais especialmente roseiras, para dar um toque de beleza e charme ao local.
Depois do trabalho de assepsia realizado na "nascente" com a retirada de barro e areia (trabalho realizado pelos pais das crianças), uma grata surpresa, o olho d'água dá sinal de vida, ressurge como MILAGRE DA NATUREZA onde as sagradas mãos das crianças deram sua contribuição e, assim, a Natureza no local vai se recompondo, para surpresa e felicidade de todos.
O ambientalista Jorge de Moura que abraçou a causa ambiental, vê o exemplo das crianças de São Tomé e do Zipu como o mais salutar, não tenho notícia de um projeto dessa envergadura em nosso País, onde a criança é o principal ator, é desafiador a tarefa não impossível.
Continuarei ao lado dos Caatingueiros para eles concluírem o grande feito em prol da Natureza, o Projeto terá continuidade, contamos com apoio, temos o apoio especialmente de ambas comunidades.
Ao UNICEF - Fundo das Nações Unidas Para a Infância através do Selo UNICEF - Edição 20231 - 2022, o qual tive a oportunidade de estar a frente até o mês de Dezembro de 2022, foi um divisor de águas para o Município de Pacujá. Trabalhamos com determinação e vencemos a edição passada na administração do Prefeito Alex Melo. Fomos responsáveis pela atual edição até o último dia 31 de Dezembro de 2023, deixando todas as TAREFAS concluídas e no VERDE, temos responsabilidades e a convicção de que, fizemos o melhor, assim como o NUCA UNICEF PACUJÁ, tarefas cumpridas.
Caberá ao futuro articulador e mobilizador, adaptarem as tarefas, se é que terão continuidade. A partir de então, a grande responsabilidade não nos cabe a mim e nem ao Elenilson Gouveia de Carvalho (Léo Carvalho), Mobilizador dos Adolescentes que trabalhou com esmero, vencendo uma etapa importante, apesar de jovem, tem compromisso social. Desejamos sorte ao município de Pacujá, que seu povo tenha a garantia das Políticas Públicas Sociais especialmente as que tange às CRIANÇAS e ADOLESCENTES. Destaca Jorge de Moura, que irá implantar o referido Projeto em dois Estados da Federação.