O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), disse em entrevista coletiva concedida neste sábado, 11, que a compensação financeira referente às perdas com as mudanças nas bases de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) anunciada, no dia anterior, pelo Ministério da Fazenda, “ajuda, mas não tamanho das perdas que os estados tiveram”.
“Os estados haviam perdido R$ 45 bilhões e a reposição é de R$ 26,9 bilhões. Então, é aquém, mas é melhor um acordo do que ficar brigando na Justiça e não receber nada. Eu acho que nós fomos corretos ao tentar um acordo e dialogar com o governo federal. Isso permite ao Ceará ter um pouco mais de recurso para o cumprimento das metas do nosso plano de governo”, afirmou Elmano.
Durante evento de lançamento de um polo industrial multissetorial em Maranguape, o governador do Ceará voltou a citar pontos que deve trabalhar em conjunto com o governo federal no Estado, tais como o Minha Casa, Minha Vida, que deve ser retomado em abril; os mutirões de cirurgias e a conclusão do ramal Pecém da ferrovia Transnordestina.
Internamente, Elmano reafirmou o compromisso de implantar um sistema de passe livre em viagens intermunicipais dentro da Região Metropolitana de Fortaleza, a despeito das polêmicas envolvendo prefeito José Sarto (PDT), após o anúncio do aumento das passagens de ônibus em Fortaleza de R$ 3,90 para R$ 4,50.
“Nós estamos já com o grupo de trabalho estruturado, com várias áreas do governo. Já estamos fazendo a conversa com o setor empresarial para nós instituirmos o plano e a engenharia financeira da implantação do passe livre. Nós vamos começar a implantação dele ainda esse ano”, assegurou.
Presente à solenidade, o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Assis Cavalcante, avaliou que a implantação do programa deve ajudar a incrementar o comércio na Capital. “No centro de Caucaia, as lojas tiveram aumento de faturamento em torno de 30%”, comparou.
“Nós precisamos desse apoio e vamos melhorar muito nosso faturamento se a gente tiver a população da Região Metropolitana entrando em Fortaleza a custo zero”, avaliou Cavalcante.
o Povo