Foto: Alan Santos/PR
Em reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, revelou-se que uma comitiva do governo Bolsonaro tentou entrar no Brasil de modo ilegal com joias que valem cerca de R$16,5 milhões. A informação teria sido confirmado ao jornal pelo ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Ao veículo, Albuquerque confirmou, ainda, que os presentes foram retidos na Receita Federal, no momento em que a sua comitiva desembarcou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. As joias, um relógio – um colar e brincos de diamante – estavam na mochila de um dos auxiliares do então ministro, e eram um presente do regime de Arábia Saudita para a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O caso em destaque teria ocorrido durante o segundo semestre de 2021, quando uma comitiva brasileira, fundamentalmente membros do Ministério de Minas e Energia, cumpriu agenda no país do Oriente Médio em destaque. No regresso, os bens teriam sido trazidos. O Estado de São Paulo afirma que as joias são de uma marca suíça.
Aponta-se que o então auxiliar do ex-presidente da República tentou dissuadir os fiscais da Receita Federal, a fim de que eles não apreendessem as joias. Contudo, não houve sucesso. Depois disso, Bolsonaro ainda teria tentado por duas vezes conseguir a posse dos bens, porém, sem pagar os impostos inerentes ao processo de entrada com produtos de alto valor no país. O então presidente chegou a enviar emissários diretos da Presidência da República à Guarulhos, além de mobilizar de modo extraoficial o Itamaraty e a chefia da Receita Federal, entretanto, todas as tentativas foram frustradas.
Para conseguir os bens de modo licito, o ex-presidente teria que pagar os tributos necessários, além de uma multa por tentar entrar no país com bens de modo ilegal. O Montante é calculado em cerca de R$12,5 milhões.