Morreu na noite desta sexta-feira, aos 83 anos, o cantor Bebeto Castilho, vítima de um mal súbito.
Adalberto José de Castilho e Souza era carioca de nascença e conhecido por ser um grande instrumentista e compositor brasileiro.
Bebeto viveu 68 anos de uma grande trajetória musical, com passagens no conjunto de Ed Lincoln, além de ter acompanhado a cantora Maysa em excursões pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Chile. Formou também, nos anos 60, o Tamba Trio, com Luiz Eça e Hélcio Milito.
Até 1975 atuou no grupo gravando vários discos e, em 1976, lançou pela Tapecar seu primeiro álbum solo, “Bebeto”, onde ficou a cargo dos vocais, do baixo e da flauta -trabalho que foi relançado em CD na Inglaterra, pelo selo Whatmusic, em 2002.
Ao lado de Luiz Eça e Hélcio Milito, reintegrou-se ao Tamba Trio em 1982, para comemorar os 20 anos de carreira do grupo. Em 2006 lançou o CD “Amendoeira”, produzido por seu sobrinho Marcelo Camelo, cantor, compositor, guitarrista e então vocalista da banda Los Hermanos.
Na bagagem, Bebeto colecionava parcerias com Sérgio Mendes, Nara Leão, Carlos Lyra, Sylvia Telles, Edu Lobo, Chico Buarque, Milton Nascimento, entre outros.
Luiz Bakker, filho de Bebeto com sua esposa Evelyne Bakker, conta que a morte foi repentina. No entanto, o artista havia sofrido uma queda em meados de dezembro de 2022. Ele bateu a cabeça e desmaiou. Bebeto deu entrada e ficou internado por um mês no Hospital Casa Evangélica, no bairro Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Mesmo em recuperação, Bebeto ficou com sequelas por conta da idade e faleceu às 19h20 do dia 10 de março, após sofrer um mal súbito. O cantor estava acompanhado de sua família em seu apartamento no bairro carioca de Vila Isabel. “Perdi meu pai e o Brasil perdeu um grande músico, mas seu legado sempre permanecerá vivo”, diz Luiz.