Doutor Fred, que chegou ao Hospital em julho de 1975, já exerceu por diversas vezes o cargo de diretor da unidade, sendo agente e testemunha de transformações históricas, como a estadualização do equipamento.
“Terminei no Rio de Janeiro a Residência em Cardiologia, dois anos, e Hemodinâmica, um ano, e retornei para minha cidade de origem. Vim para o Messejana quando a Hemodinâmica estava começando e o cateterismo não tinha em todos os lugares do Brasil, mas Fortaleza já tinha, porque era uma visão do Dr. Carlos Alberto Studart. Em 1970, ele começou a transformar o Sanatório de Messejana em um hospital especializado no tratamento de doenças do tórax. Isso incluía a Cardiologia, que ele já sabia que teria um grande destaque mundial”, relembra o médico que, mesmo após a aposentadoria, continua a atuar na Hemodinâmica do HM.
O Messejana tem o significado de casa para muitos outros profissionais, incluindo a auxiliar de serviços diversos Antônia Felismina Azevedo. “Eu ando aqui até de olhos vendados. Conheço cada lugar desse Hospital. Já trabalhei em diversos setores. Vou me aposentar no ano que vem e ainda não sei como vou deixar a minha casa. Foi aqui que eu tive a minha formação, tudo”, diz Antônia.
Ao caminhar pelos corredores e recordar tantas histórias, a servidora se emociona ao contar que foi no Hospital onde conheceu o marido. “Ele, o Luiz, chegou ao Hospital como paciente, e, após dias acompanhando de tratamento, eu o pedi em casamento. O doutor Carlos Alberto dizia que não ia durar, mas nós estamos juntos até hoje, com três filhos e dois netos”, sorri. |