A FALTA DO CONHECIMENTO É UM DESASTRE, NIM INDIANO, FATOR DE DESEQUILÍBRIO AMBIENTAL NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO ESPECIALMENTE NO BIOMA CAATINGA

Blog do  Amaury Alencar
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 O nim indiano, árvore exótica de origem oriental, foi introduzida no Brasil de forma oficial e com grande alarde, nessa época considerada a salvação para áreas degradadas no Semiárido Nordestino e de forma mágica, a mesma se popularizou e ganhou notoriedade junto à população. Seu fácil manejo e crescimento rápido a fizeram a PREDILETA frente às Árvores Nativas que ficaram relegadas a 15º plano.

O MODISMO SAIU CARO PARA O MEIO AMBIENTE E O BIOMA CAATINGA É O MAIS PREJUDICADO: "repelente natural, abortiva por excelência, invasora severa, ladra dos nutrientes da terra", fazem dessa espécie PERSONA NON GRATA DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO, na zona rural a sua proliferação interferiu e modificou nosso Bioma, nas cidades e vilas a espécie causa prejuízos incalculáveis nas edificações, destroem calçadas, calçamentos, praças, avenidas, etc., numa velocidade que nos surpreende, a cidade de Pacujá, Zona Norte do Ceará, é um exemplo clássico.

PRAÇA DA IGREJA DO CARMO NA CAPITAL CEARENSE, ESTÁ SENDO DESTRUÍDA PELAS RAÍZES DEVORADORAS DO NIM INDIANO, PARECE QUE OS ÓRGÃOS AMBIENTAIS E DE INFRAESTRUTURA AINDA NÃO ACORDARAM PARA A PROBLEMÁTICA: as imagens são de autoria do ambientalista Jorge de Moura, que ficou impressionado e indignado com o descaso da Praça do Carmo onde encontra-se a majestosa Igreja do mesmo nome em pleno centro de Fortaleza. O nim indiano adulto, está "dançando e bordando" como diz o ditado popular, as raízes dessa árvore nociva ao Meio Ambiente no Semiárido, está destruindo as calçadas da Praça, o mais surpreendente é a falta de provid|ências para substituir tais espécies exóticas por espécies nativas da Caatinga. O Templo Religioso poderá ser afetado se providências urgentes não forem tomadas.

ALERTAS VÊM SENDO DADOS E FOI NA REGIÃO DOS INHAMUNS QUE FOI DADO O GRITO DE GUERRA CONTRA ESSA ESPÉCIE INVASORA: o PARISC - Pacto Ambiental da Região dos Inhamuns e Sertões de Crateús DECLAROU GUERRA ao nim indiano ao verificar as ameaças que essa espécie já estava ocasionando em ambas Regiões, foi o ambientalista Jorge de Moura que deflagrou um movimento contra a mesma, exemplos já tinha de sobra e era preciso fazer algo. Jorge de Moura nos lembra que em uma reunião do COMDEMA - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Tauá, propõe a PROIBIÇÃO dessa espécie no município a contra gosto de muitos que desconheciam as consequências desastrosas da espécie, ele sabia o que estava dizendo e fazendo, hoje se diz de "peito lavado", por sua visão e experiência com a Mãe Natureza, especialmente na Caatinga, no Semiárido Nordestino via Bioma Caatinga.
Nos Inhamuns, na cidade de PARAMBU, houve um Seminário para debater e combater o nim indiano, exemplos da implacável ação dessa árvore exótica contra o Meio Ambiente foram dados e muitos prefeitos na época seguiram as orientações como foi o caso de Carlos Felipe (Crateús) e Expedito Nascimento (Piquet Carneiro), Patrícia Aguiar (Tauá), entre outros.

O MUNICÍPIO DE PACUJÁ-CE, REGIÃO NORTE DO ESTADO, OUSOU NA ADMINISTRAÇÃO DO PREFEITO ALEX MELO: por esses lados de cá houve sensibilidade por parte do Prefeito Alex Melo quando gestor do Município, ele acatou as recomendações do COMDEMA local e ousou ao respaldar através de Portaria, a decisão dessa Instância Representativa, que exigia da prefeitura local a retirada lenta e gradual do nim indiano dos espaços públicos, o que foi feito de forma surpreendente e daí nasceu o Projeto Jovens Ambientalistas de Pacujá que concretizaram o Projeto Manchas Verdes Urbanas da Caatinga, que consistiu na retirada do nim indiano dos espaços públicos e o surgimento de pequenas matas nativas, o que ainda poderá ser visto na cidade e em vários espaços de escolas, praças, etc.Um Projeto exitoso que foi replicado. Apenas lamento que os responsáveis pela introdução desta árvore nociva ao nosso Bioma, não tenham sido responsabilizados pelos "danos" ao Meio Ambiente, as cidades e vilas. As Leis precisam de mudanças urgentes, os Órgãos Ambientais nas três esferas de governo precisam acordar para esta problemática. Ressalta o ambientalista Jorge de Moura.

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