Morreu nesse sábado, 29, em Quixeramobim, Miguel Eloi da Silva, conhecido como "seu Miguel Balbino", tradicional comerciante da cidade. No último dia 17 de julho, seu Miguel completou 101 anos.
Balbino abriu em 1948 o comércio o qual a família mantém ativo até hoje, 75 anos depois. A famosa bodega, nomeada "Casa S. Miguel", fica localizada na Benjamim Barros e sempre foi um ponto movimentado de Quixeramobim.
Miguel chegou à Quixeramobim em 1942 junto da mãe e mais cinco irmãos em busca de uma vida melhor. No início, trabalhou na construção de diversos prédios, e, em 1948, casou com dona Maria de Lourdes, falecida em agosto de 2020.
Foi após o casamento que Miguel começou seu empreendimento, colocando uma banca de bolo, tapioca e refrescos, junto com a esposa. O negócio cresceu e virou uma reconhecida bodega na cidade.
Em 2017, em entrevista ao Sistema Maior de Comunicação, seu Miguel Balbino disse que seu comércio vendia “de tudo”, do bom e velho feijão à lamparina. A Casa S. Miguel mantém viva a tradição das bodegas no Ceará.
Ele deixa uma grande família de filhos, netos e bisnetos. O velório acontece neste domingo, 30, na casa de um dos familiares em Quixeramobim, e o enterro está previsto para às 16 horas.
"Ele criou a família de nove filhos com muita dignidade e honestidade. Estamos todos vivedo bem, e muitos já aposentados. Uma vida muito bonita. Um exemplo de cidadão, legado, amizade e carinho pelo povo. Ele deixa uma história para Quixeramobim. Mesmo sem saber ler e escrever, ele tinha uma matemática gravada na cabeça que só Deus poderia ter dado tanta sabedoria", conta Carlinhos Eloi, 75, filho de Miguel, ao O POVO.
Em nota do Sistema Maior de Comunicação, o presidente Sérgio Machado lamentou a morte de seu Miguel Balbino. “Sua vida, sua dedicação ao comércio e seu amor por Quixeramobim sempre serão lembrados. Aos familiares e amigos, os mais sinceros votos de pesar.”
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