Cariri tem mais de 100 crianças longe do convívio familiar

Blog do  Amaury Alencar
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Foto: Freepik


No Cariri, 130 crianças e adolescentes vivem longe do convívio familiar. São mais de 32 mil nesta situação no Brasil. Negligência, violência física ou psicológica estão entre os principais fatores que os levam para os serviços de acolhimento. Na região, elas estão abrigadas em 16 das 29 cidades, a maioria em Juazeiro do Norte (25 crianças), Barbalha (24), Campos Sales (18), Crato (14) e Araripe (11). 

São 67 do gênero masculino e 63 do feminino. O número de acolhidos é flutuante, já que elas podem ser adotadas ou retornar à família de origem, enquanto outras são recebidas pelos abrigos. O promotor de Justiça Flávio Côrte detalha que o Ministério Público do Ceará (MPCE) “zela para que as crianças e adolescentes tenham todos os seus direitos assegurados no seio familiar e comunitário”. Mas existem situações nas quais a convivência é impossibilitada por casos de violência, abuso sexual, mendicância, entre outros. 

Em casos assim, o órgão tentará inserir a criança na chamada família extensa, aos cuidados de parentes próximos, como tios e avós. Porém, há casos cuja única solução é acolher a criança em equipamentos institucionais, mantidos por prefeituras ou pelo Estado. “A ideia do abrigo é que a criança fique o menor tempo possível e, quando ela entra no abrigo, é feita toda uma análise das necessidades daquela criança”.

Coordenadora da Casa de Acolhimento do Crato, a psicóloga Elivania Alencar detalha que, hoje, a legislação brasileira “valoriza mais o afeto e a afinidade do que os laços consanguíneos”, de modo que a criança pode ser adotada pelos padrinhos, por exemplo. Sobre a rotina dos acolhidos, ela comenta que “enquanto estão aqui, vivenciando esse período, eles têm uma rotina como qualquer outra criança: estudam na rede pública ou privada, participam de atividades extra-escolares e toda uma vida comunitária”.

                                           Jornal do Cariri

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