PPP de esgotamento já beneficiou 15 mil pessoas no Ceará

Blog do  Amaury Alencar
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Em apenas cerca de 50 dias de operação, as obras de esgotamento sanitário que estão sendo realizadas no âmbito da parceria público-privada (PPP) entre a Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará (Cagece) e a empresa Ambiental Ceará já implementaram mais de 7,4 km de redes coletoras em cidades na Região Metropolitana de Fortaleza e no Cariri. Atualmente, 17 municípios têm atividades em andamento e a estimativa é que, pelo menos, 15 mil pessoas tenham sido beneficiadas com o avanço do projeto. “Agora está ótimo, não tem mais mosquito e a gente não tem que pisar na lama quando sai de casa”, conta Maria do Socorro Silva, moradora de uma das ruas contempladas pelos serviços.

Foto: Divulgação

Conforme as informações divulgadas pelas equipes, 1.230 ligações no sistema de esgoto foram disponibilizadas. Além disso, aproximadamente 25 km das redes foram limpas e desobstruídas e 55 Poços de Visita (PVs) em vias estratégicas foram nivelados. “Assumimos a operação no dia 31 de maio e, desde então, realizamos constantes estudos, intervenções e obras para melhoria do saneamento básico dos municípios. É um pouco do que se pode esperar dessa parceria como um todo, porque nesse curto espaço de tempo já tivemos benefícios desse porte”, celebra o diretor-presidente da Ambiental Ceará, André Facó.

De acordo com ele, a universalização do sistema de esgotamento sanitário nos municípios, cuja meta é contemplar 90% da população, terá uma resposta muito significativa na vida das pessoas. “O primeiro impacto direto é na saúde. É aquele esgoto que, muitas vezes, lançado de forma inadequada na sarjeta, pode contribuir para o que se chama de ‘doenças de transmissão hídrica’. Também tem a questão da proteção do meio ambiente e dos recursos hídricos, principalmente daqueles que são subterrâneos, já que se terá uma barreira para que esse esgoto não chegue à água subterrânea. Mas, existem outros benefícios indiretos. Em locais que possuem um sistema de esgotamento adequado, você tem uma melhoria no rendimento escolar; na valorização imobiliária; e na economia, uma vez que o trabalhador rende melhor ou por não faltar ou propriamente pela geração de emprego que essas obras vão trazer”, defende. Nestes primeiros dias, a PPP gerou  580 postos de empregos diretos e indiretos.

Antes mesmo da implementação do projeto, os responsáveis já contavam com os resultados positivos advindos da geração de emprego nos locais contemplados e, conforme André Facó, as expectativas têm sido alcançadas. “A gente tem de forma predominante a mão de obra local e uma força de trabalho que sabe a realidade de cada lugar, que tem o sentimento de pertencimento do que aquela função está trazendo para a comunidade. Nós estamos muito satisfeitos com quem nós temos encontrado como colaboradores para efetivar esse projeto que é transformador”, afirma.

 Atualmente, os serviços estão sendo realizados em municípios como Aquiraz, Cascavel, Chorozinho, Eusébio, Guaiúba, Horizonte, Itaitinga, Maracanaú, Maranguape, Pacajus, Pacatuba, Juazeiro do Norte, Barbalha, Farias Brito, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri. Ao longo do primeiro ano de trabalho, espera-se que 110 km de redes coletoras de esgoto sejam implementadas, o que deve beneficiar mais de 80 mil pessoas. Dessa forma, mensalmente 380 milhões de litros de esgoto serão coletados e tratados. 

A capital cearense também será contemplada quando iniciarem as obras do bloco 2, que abrange, além de Fortaleza, cidades como Caucaia, Paracuru, Paraipaba, São Gonçalo do Amarante, São Luís do Curu e Trairi. André Facó explica que o trabalho em tais municípios deve começar no início de setembro. “Já de imediato nós vamos ter alterações daquelas instalações existentes das redes coletoras, estações elevatórias e estações de tratamento. De forma a promover as melhorias de conservação para que esses ativos operacionais funcionem da melhor forma possível, mas também já com pequenas intervenções principalmente para o aumento da cobertura da rede coletora de esgoto”, conta. 

Por Yasmim Rodrigues

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