Pensando que “apoios visuais” possam ser estratégias usadas para ajudar crianças autistas e deficiência de fala a melhorar suas habilidades no processamento de informações, compreensão e uso da linguagem e compreensão e interação com seu ambiente físico e social, foi aprovado na terça-feira, 26/8, o projeto de lei que permite o município a implementar painéis com comunicação alternativa em espaços públicos da cidade.
A matéria é de autoria do vereador João Lázaro (SD) e sugere a implantação em espaços como Praça das Crianças, Praça Antônio Adil Mendonça, Praça Henrique de Souza Bandeira e demais espaços que tenham equipamentos infantis e esportivos.
“Meu filho Breno Florentino e minha sobrinha me inspiraram nesse projeto. Soube que algumas crianças e adolescentes possuem um maior comprometimento em comunicar-se e por isso se utilizam da linguagem alternativa. Então, uma boa solução, seria a instalação, em diversas praças que possuem equipamentos de esporte e brinquedos infantis, de murais com comunicação alternativa, para que o público com TEA e outras pessoas com dificuldades na fala possam expressar suas vontades quando estiverem nesse ambiente”, disse João Lázaro (SD).
As placas informativas são utilizadas em outras cidades como São Paulo e Porto Alegre. O projeto aprovado no legislativo iguatuense é de ordem indicativa. “Agora, vamos unir esforços junto ao prefeito para que possa sancionar a lei, e posteriormente junto às secretarias responsáveis, para que possam colocar em prática o projeto”, disse João.
Especialista
No projeto foi anexada uma sugestão do painel, formado por um conjunto de técnicas que reúnem material gráfico, com desenhos, fotos, sinais gráficos e palavras escritas organizados em uma prancha de comunicação que permitam a interlocução além da fala.
“Um dos grandes fatores de transformação do mundo hoje é, com certeza, a comunicação. Como fonoaudióloga, via a necessidade em termos na cidade de Iguatu esse meio de inclusão para as pessoas que tem um comprometimento em comunicar-se de forma funcional e poderem fazer parte daquele ambiente inclusivo. Desta forma, pensei na distribuição de placas em locais públicos com a implantação da Comunicação Suplementar e/ou Alternativa (CSA). É uma estratégia de comunicação que um indivíduo utiliza quando os modos usuais (linguagem verbal e escrita) estão comprometidos. Acredito que será de grande valia esse projeto para a cidade. Inclusão é fundamental para a construção de uma sociedade justa”, disse Bernadete Florentino, fonoaudióloga.
Jornal a Praça