Enquanto os dirigentes estaduais do PL aguardam desdobramentos sobre a decisão final da Justiça Eleitoral em relação à cassação dos mandatos dos deputados estaduais Carmelo Neto e Pastor Alcides e das deputadas estaduais Dra. Silvana e Marta Gonçalves, por irregularidades nas candidaturas femininas no pleito de 2022, os partidos se preparam para as eleições de 2024 com a preocupação de evitar fraudes que os levem a embaraços na representação parlamentar.
Há motivos para preocupação: a fraude na cota de gênero, com a inscrição de candidaturas “laranjas” de mulheres nas eleições de 2020, levou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassar 206 vereadores em todo o Brasil. Uma reportagem do Jornal O Globo, edição de domingo (3), nomina, entre as cidades que tiveram cassação de vereadores, os municípios de Alto Santo e Pacoti, no Ceará
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE), determinou, também, a cassação de mandatos de vereadores em outros municípios cearenses, mas todos recorreram ao TSE e muitos acreditam que, com tanta demora, poderão escapar da punição e voltarem às urnas nas eleições de 2024.
Alegando dificuldades para o preenchimento de 30% das vagas das candidaturas com mulheres, alguns partidos recorreram a nomes de mulheres para atender à exigência da legislação, mas, na realidade, as candidaturas eram ‘faz de conta’, ou seja, laranjas, o que ensejou o ministério público eleitoral a classificar como fraude a manobra das legendas.
Ceará Agora